A China diferencia-se dos demais países por seu regime de governo e pelo fato de seu vigoroso crescimento econômico basear-se nas exportações e prescindir de investimentos internos, o que torna seus produtos mais baratos que os produzidos pelos demais países emergentes.

Alternativa correta: E — Errado

Tema central: Geografia Econômica — padrões de crescimento da China: papel das exportações, do investimento interno e da política econômica estatal.

Por que a afirmação é errada?

A ideia de que o vigoroso crescimento chinês “baseou‑se nas exportações e prescindiu de investimentos internos” é falsa. O crescimento chinês desde as décadas finais do século XX combinou exportações com níveis muito elevados de investimento interno (formação bruta de capital fixo). Historicamente, a taxa de investimento da China — como proporção do PIB — foi entre as mais altas do mundo (frequentemente acima de 40%), bem superior à maioria dos emergentes. Isso reflete políticas de investimento público e privado em infraestrutura, indústria, habitação e urbanização, além de grandes programas de estímulo (ex.: pacote de 2008/2009).

Fontes que sustentam esse quadro: World Bank (World Development Indicators) para estatísticas de gross capital formation; análises acadêmicas como Barry Naughton, The Chinese Economy, e relatórios do FMI sobre a economia chinesa.

Aspectos essenciais a considerar:

• Exportações: foram importantes — especialmente na integração às cadeias globais de valor —, mas não exclusivas.
• Investimento interno: foi central para construção de parques industriais, infraestrutura e urbanização, sustentando capacidade produtiva e competitividade.
• Competitividade de preços: deriva de combinação de escala, produtividade, cadeia de fornecedores integrada, política industrial e custos laborais relativos — não de ausência de investimento interno.
• Rebalanceamento: desde os anos 2000/2010 houve tentativa de aumentar o papel do consumo interno, reduzindo a dependência relativa das exportações.

Dica de interpretação para provas: desconfie de afirmações absolutas como “prescindir de” e “basear‑se apenas”. Em questões sobre economia, procure identificar indicadores (investimento % do PIB, participação das exportações) e o uso de termos absolutos que muitas vezes são armadilhas.

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