Ao longo dos anos, as formulações do hormônio
insulina, formado por duas cadeias polipeptídicas,
regula os índices glicêmicos do organismo. Seu uso
pelos pacientes pode ocorrer por meio injetável de
doses subcutâneas. Recentemente foi aprovada
pela ANVISA a insulina inalável, uma forma de
tratamento com tecnologia avançada e ação
ultrarrápida. Fonte: https://www.diabetes.org.br/
Esse hormônio não é utilizado na forma de
medicamento oral devido sua composição
Gabarito comentado
Alternativa correta: A
Tema central: por que a insulina não é administrada via oral? A questão exige entender a natureza molecular da insulina (proteína/polipeptídeo) e como o trato digestório atua sobre proteínas, impedindo que cheguem íntegras à circulação sistêmica.
Resumo teórico: a insulina é um hormônio proteico formado por duas cadeias polipeptídicas unidas por pontes dissulfeto. Via oral, proteínas grandes são degradadas por enzimas digestivas: no estômago a principal é a pepsina; no intestino delgado atuam proteases pancreáticas (tripsina, quimotripsina) e peptidases das bordas em escova. Além disso, peptídeos grandes têm baixa permeabilidade pela mucosa intestinal. Assim, a insulina seria quebrada antes de exercer efeito sistêmico.
Justificativa da alternativa A: afirma que a insulina é proteica e seria digerida por proteases no trato gástrico, o que impede seu efeito no controle glicêmico — exatamente o motivo biológico pelo qual não se usa insulina oral convencional. Essa explicação é correta e direta.
Análise das alternativas incorretas:
B — incorreta: a saliva contém principalmente amilase e algumas enzimas antimicrobianas; não há digestão proteica significativa na cavidade oral que justificaria a inativação da insulina. O problema maior ocorre no estômago e intestino.
C — incorreta: afirma que a insulina é fosfolipídica. Insulina não é lipídio nem fosfolipídio; portanto essa base está errada. Além disso, microvilosidades favorecem absorção de nutrientes solúveis pequenos, não grandes peptídeos intactos.
D — incorreta e contraditória: se fosse fosfolipídica facilitaria entrada — mas insulina não é fosfolipídio. Ademais, hormônios protéicos não atravessam livremente membranas por similaridade com fosfolipídios.
E — incorreta: classifica a insulina como glicídica (carboidrato) e diz que seria digerida por amilases/maltase/sacarase — enzimas que atuam em carboidratos. Insulina é proteína; essas enzimas não a degradam.
Dicas para interpretação: primeiro identifique a natureza química da molécula (proteína, lípido, carboidrato). Depois pense nas principais enzimas e locais de digestão (boca/estômago/intestino) e na capacidade de absorção intestinal de macromoléculas. Alternativas que trocam a classe química da molécula costumam ser pegadinhas.
Fontes: Guyton & Hall, Tratado de Fisiologia Médica; Campbell & Reece, Biologia; ANVISA e Sociedade Brasileira de Diabetes (materiais sobre formas de administração de insulina).
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