Questão e76ac04c-f9
Prova:PUC - RJ 2017, PUC - RJ 2017
Disciplina:Biologia
Assunto:Principais doenças endêmicas no Brasil, Qualidade de vida das populações humanas

"Não matem os macacos! Eles são aliados da saúde no combate à febre amarela. Eles servem como anjos da guarda, como sentinelas da ocorrência da febre amarela”.

Disponível em: https://www.bio.fiocruz.br .Acesso em: 14 mai.2017 (adaptado)


A campanha acima, veiculada pela Fundação Oswaldo Cruz, está baseada nos seguintes fatos:

A
O vírus da febre amarela é transmitido ao homem tanto por mosquitos (Aedes aegypti e Haemagogus) quanto por macacos, pois ambos são vetores da doença. Apesar de também serem transmissores da doença, os macacos não podem ser mortos, pois são protegidos por lei.
B
O vírus da febre amarela é transmitido ao homem pelos mosquitos Aedes aegypti e Haemagogus, que são os vetores da doença. Os macacos infectados hospedam o vírus, mas não o transmitem ao homem. A morte dos macacos, portanto, pode servir como alerta da presença da doença.
C
O vírus da febre amarela é transmitido diretamente de macacos, que são os vetores da doença, para o homem. No entanto, controlar a doença através da morte dos animais infectados é ilegal. A única medida possível para evitar a propagação da doença é vacinar a população.
D
O vírus da febre amarela é transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti e Haemagogus, que são os vetores da doença. Os macacos também podem transmitir a doença ao homem, mas apenas a febre amarela silvestre, nunca a urbana.
E
O vírus da febre amarela é transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti e Haemagogus, que são os vetores da doença. Os macacos infectados hospedam o vírus, mas não o transmitem ao homem. Esses macacos não devem ser mortos, no entanto; pois produzem anticorpos que são utilizados pelo Ministério da Saúde para a produção da vacina contra a febre amarela.

Gabarito comentado

C
Carla CerqueiraMonitor do Qconcursos

Alternativa correta: B

1. Tema central e relevância
O item aborda a epidemiologia da febre amarela: os ciclos de transmissão (silvestre e urbano), o papel dos mosquitos como vetores e dos macacos como hospedeiros-sentinela. Esse conhecimento é essencial em saúde pública para vigilância e medidas de prevenção (vacinação, controle de vetores).

2. Resumo teórico progressivo
- Agente: vírus da febre amarela (Flavivirus). - Ciclo silvestre: mosquitos do gênero Haemagogus (e Sabethes) infectam macacos; humanos entram em áreas silvestres e podem ser picados por esses mosquitos. - Ciclo urbano: historicamente envolve Aedes aegypti transmitindo entre humanos. - Papel dos macacos: são hospedeiros amplificadores; não transmitem diretamente ao homem — precisam de um mosquito vetor para a transmissão. Macacos mortos em regiões são sinais (sentinelas) de circulação do vírus. Fontes: Ministério da Saúde (Guia de Vigilância Epidemiológica), Fiocruz; Lei nº 9.605/1998 (crimes ambientais) protege fauna.

3. Justificativa da alternativa B
A alternativa B afirma corretamente que os mosquitos são os vetores e que os macacos hospedam o vírus sem transmiti-lo diretamente ao homem — por isso a ocorrência de macacos mortos serve como alerta epidemiológico. Essa descrição corresponde à literatura técnica e às ações de vigilância do Ministério da Saúde.

4. Por que as alternativas A, C, D e E estão erradas
- A: afirma que macacos são vetores — incorreto: vetores são os mosquitos. Dizer que “macacos também são vetores” é erro conceitual. - C: afirma transmissão direta de macacos para humanos e que a única medida é vacinar — incorreto: não há transmissão direta, e medidas incluem vigilância, controle de vetores e vacinação. - D: diz que macacos também transmitem ao homem (mesmo que só na silvestre) — erro ao atribuir transmissão direta aos macacos; eles não picam humanos. - E: alega que macacos produzem anticorpos usados para fabricar vacina — falso; vacinas não são produzidas a partir de anticorpos de macacos. Além disso, matar macacos é contraproducente para vigilância.

5. Estratégias para interpretar a questão
Procure termos-chave: “vetor” (agente que transmite) x “hospedeiro” (onde o agente se replica). Desconfie de alternativas que trocam esses papéis. Verifique se a alternativa contempla o ciclo epidemiológico completo (quem infecta quem e por que meio).

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