O conceito de risco geológico pode ser expresso como uma situação de perigo, perda ou dano ao homem e suas propriedades, em razão da possibilidade de ocorrência de processos geológicos, induzidos ou não. Constituem áreas onde o risco geológico é maior os locais caraterizados por

Alternativa correta: B

Tema central: risco geológico — avaliação de locais onde a probabilidade de dano ao homem e ao patrimônio é maior devido a processos geológicos (deslizamentos, movimentos de massa, erosão, subsidência etc.). Entender a diferença entre perigo (hazard), vulnerabilidade e exposição é essencial.

Resumo teórico: risco = perigo × vulnerabilidade × exposição (conceito adotado por organizações como a UNDRR). Perigo: presença e probabilidade de ocorrer um processo geológico (ex.: encostas instáveis sujeitas a deslizamentos). Vulnerabilidade: grau de susceptibilidade de pessoas/edificações. Exposição: o quanto há pessoas/bens na área. Áreas urbanas com construções em encostas íngremes e histórico de movimentos de massa têm alto perigo e alta vulnerabilidade — logo, alto risco.

Justificativa da alternativa B: encostas urbanas com declividade acentuada e histórico de movimentos de massa associados a chuvas intensas reúnem os três fatores do risco: alto perigo (tendência a novos deslizamentos), alta vulnerabilidade (edificações e pessoas) e elevada exposição. Chuvas intensas são o gatilho mais comum para deslizamentos; antecedentes de movimentos apontam instabilidade do talude. Por isso esta alternativa descreve o cenário de maior risco geológico.

Análise das alternativas incorretas:

A — locais planos sobre Formação Barreiras com vegetação nativa em área rural: apesar da Formação Barreiras ser sedimentar e erodível em alguns trechos, a topografia plana e a cobertura vegetal reduzem sensivelmente a probabilidade de deslizamentos e a exposição humana, logo baixo risco relativo.

C — terrenos planos do embasamento cristalino em clima semiárido: clima semiárido implica chuvas escassas e menos eventos intensos que disparem movimentos de massa; topografia plana também reduz perigo. Podem existir outros riscos (ex.: subsidência local), mas não é o cenário de maior risco geológico apontado.

D — áreas urbanas sobre relevos tabulares da Formação Barreiras: relevos tabulares (topos planos) tendem a apresentar menor declividade; embora a ocupação urbana aumente vulnerabilidade, a ausência de encostas acentuadas com histórico de movimentos torna o risco menor que o descrito em B.

Dica de interpretação: busque palavras-chave que indiquem os três componentes do risco. “Declividade acentuada”, “ocupadas por edificações” e “movimentos anteriores associados a chuvas intensas” são sinais claros de risco elevado — atenção a enunciados que misturam elementos que reduzem risco (plano, vegetação, clima seco).

Fontes recomendadas: UNDRR (definição de risco), publicações e manuais da CPRM sobre geohazards e textos clássicos de geomorfologia/engenharia geotécnica (ex.: Varnes sobre movimentos de massa).

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