O enunciado acima refere-se a influências que ocorreram apenas na década de oitenta do século passado e que sofreram grande refluxo no início do século XXI, em razão de políticas públicas que estimulam o desenvolvimento de manifestações culturais genuinamente brasileiras.

Tema central: a questão trata da influência cultural norte‑americana no processo de globalização cultural. É preciso entender conceitos como homogeneização cultural, hibridização e glocalização.

Resumo teórico: a globalização cultural não é um evento pontual, mas um conjunto de fluxos contínuos (mídia, bens, estilos, valores). Autores como Arjun Appadurai mostram a circulação de “scapes” culturais; Roland Robertson destaca a glocalização — adaptação local de produtos globais. Organizações como a UNESCO (Convenção de 2005) trabalham para promover diversidade cultural, mas não anulam os fluxos globais.

Justificativa para “Errado”: a afirmação erra ao usar termos absolutos — “apenas na década de oitenta” e “grande refluxo no início do século XXI”. Na prática, a influência estadunidense antecede e sucede os anos 1980, e foi reforçada por tecnologias (TV, internet, redes sociais). Políticas culturais brasileiras (ex.: Lei nº 8.313/1991 — Lei Rouanet — e ações de fomento) e acordos internacionais (UNESCO 2005) promovem diversidade, mas não reverteram de forma absoluta a presença de produtos culturais estrangeiros. Portanto, a ideia de desaparecimento ou refluxo amplo é falsa.

Estratégia de prova: desconfie de enunciados com termos absolutos (“apenas”, “sempre”, “grande refluxo”). Procure periodização coerente e considere processos contínuos (fluxos, resistências, adaptações).

Fontes indicadas: Appadurai, A. (1996) Modernity at Large; Robertson, R. (1995) Glocalization; UNESCO (2005) Convenção sobre Diversidade Cultural; Lei nº 8.313/1991 (Brasil).

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