Atente para o fragmento a seguir:
“A litosfera é segmentada por fraturas, formando
um mosaico com sete grandes placas e algumas
menores, que deslizam horizontalmente, arrastando
os continentes por cima da astenosfera”.
Penha, H. M. Processos endógenos na formação do
relevo. In: Geomorfologia uma atualização de bases e
conceitos. Guerra, A. J. T e Cunha, S. B. Rio de
Janeiro. Bertrand Brasil. 1994.
Dentre os principais tipos de limites de placas
tectônicas, aquela que é formada ao longo de uma
falha transformante, onde o movimento relativo da
placa é horizontal e paralelo ao seu limite, é
conhecida como
Gabarito comentado
Resposta: Alternativa B - conservativa
1) Tema central e relevância
A questão trata dos tipos de limites entre placas tectônicas — conceito essencial em geologia e geografia física para entender terremotos, vulcanismo e formação do relevo.
2) Resumo teórico sucinto
- Existem três tipos básicos de limites entre placas:
divergente (afastamento, criação de crosta),
convergente (aproximação, subducção ou colisão, destruição/espessamento da crosta) e
transformante (deslocamento horizontal).
- Em limites transformantes, o movimento é essencialmente horizontal e paralelo ao limite: as placas "escorregam" lateralmente. Não há criação significativa nem destruição de litosfera → por isso são chamados também de limites conservativos.
- Exemplos clássicos: San Andreas (Califórnia) e a Falha Norte-Anatólia (Turquia). Esses limites são associados a forte atividade sísmica, mas não a vulcanismo ativo como em zonas de subducção. (Ver Kearey et al., Global Tectonics; Penha, 1994.)
3) Justificativa da alternativa correta
O enunciado descreve "movimento relativo ... horizontal e paralelo ao seu limite" — definição típica de uma falha transformante. Em literatura didática, esse tipo é denominado conservativo, pois a litosfera é conservada (não há produção nem consumo significativo de crosta). Logo, B é a resposta correta.
4) Por que as outras alternativas estão erradas
- A (colisional): refere-se a limites convergentes entre placas continentais que se chocam, gerando dobramentos e montanhas (ex.: Himalaia). Movimento não é paralelo lateral; envolve convergência e espessamento da crosta.
- C (consecutiva): termo inexistente/ínfimo uso técnico em tectônica de placas — alternativa propositalmente incorreta/pegadinha.
- D (convergente): descreve movimento de aproximação entre placas (subducção ou colisão), não o deslocamento horizontal paralelo; portanto não corresponde à falha transformante.
5) Estratégia de interpretação (dicas para provas)
- Palavras-chave do enunciado: "horizontal" e "paralelo ao limite" apontam imediatamente para transformantes/cons ervativas.
- Desconfie de termos pouco usados tecnicamente (ex.: consecutiva) — são armadilhas.
- Relacione sempre o tipo de movimento (afastamento, aproximação, deslizamento lateral) com as consequências: vulcões/novacrista (divergente/subducção), dobramentos/altas montanhas (colisional), terremotos sem vulcanismo intenso (transformante).
Fontes indicadas: Kearey, P.; Klepeis, K.; Vine, F. J. Global Tectonics; Penha, H.M. (1994) — fundamentos sobre processos endógenos.
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