Resultados recentes de trabalhos de pesquisadores da Fiocruz, de Pernambuco, mostraram que além do mosquito Aedes aegypti, o mosquito Culex quinquefasciatus, conhecido como pernilongo ou muriçoca, também é capaz de transmitir o zika vírus.

Analise as proposições em relação à informação, e assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa. 

( ) Novas medidas de controle populacional dos mosquitos serão necessárias, já que os pernilongos Aedes e Culex possuem características genéticas diferentes.

( ) Esses resultados não trazem informações relevantes uma vez que todos os mecanismos de transmissão do zika vírus já são conhecidos, assim como o tratamento para a doença.

( ) Os vírus são seres vivos e agentes infecciosos diminutos, e como possuem metabolismo próprio podem se replicar rapidamente no ambiente, por isso não é aconselhavel deixar água parada em recipientes ao ar livre.

( ) O zika é um vírus transmitido pelo Aedes aegypti e pode-se dizer que é o mesmo vírus da dengue, transmitida pelo mesmo mosquito, apenas mudando o nome da doença.

( ) Devido ao fato de ser uma doença causada por vírus, a confirmação da doença zika vírus ocorre apenas por sintomas, não tendo outra forma de confirmação, a exemplo, pelo exame de sangue.

Assinale a alternativa correta,de cima para baixo. 

Resposta correta: A — V, F, F, F, F

Tema central: entenda que a questão avalia conhecimentos sobre vetores (Aedes × Culex), natureza dos vírus e diagnóstico. É essencial saber diferenças ecológicas entre mosquitos, caráter acelular dos vírus e métodos laboratoriais de confirmação (RT‑PCR, sorologia).

Resumo teórico rápido: Aedes e Culex são gêneros distintos com hábitos de reprodução e atividade diferentes (horários, sítios de postura), o que exige estratégias de controle adaptadas. Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios, sem metabolismo próprio fora da célula — não “se replicam no ambiente” — e o diagnóstico laboratorial é feito por RT‑PCR (fase aguda) ou testes sorológicos (anticorpos). Fontes: WHO, CDC, Fiocruz.

Análise das proposições (de cima para baixo):

1ª (V) — Verdadeira. A descoberta de transmissão por Culex amplia o escopo de risco: por serem gêneros distintos, têm hábitos e locais de controle diferentes, portanto medidas complementares podem ser necessárias (ex.: foco em larvicidas, medidas urbanas e horários de atividade).

2ª (F) — Falsa. Resultados novos são relevantes: nem todos os mecanismos e vetores são completamente conhecidos. Além disso, não existe tratamento antiviral específico para Zika — manejo é sintomático.

3ª (F) — Falsa. Incorreto afirmar que vírus têm metabolismo próprio ou se replicam no ambiente. Vírus dependem de células hospedeiras; a recomendação de evitar água parada vale porque ela cria criadouros para mosquitos — não porque vírus se reproduzem ali.

4ª (F) — Falsa. Zika e dengue são dois vírus distintos (ambos do grupo Flavivirus, mas espécies diferentes) — não é apenas mudança de nome da mesma doença.

5ª (F) — Falsa. A confirmação não se baseia somente em sintomas; há exames de sangue (RT‑PCR, sorologia IgM/IgG) que confirmam infecção.

Estratégia de prova: leia a justificativa causal das frases (muito usada como pegadinha). Quando ver afirmações sobre “metabolismo próprio” ou “apenas por sintomas”, suspeite — geralmente são falsas.

Fontes rápidas: WHO, CDC, Fiocruz.

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