Uma mulher com idade entre 25 e 35 anos foi contaminada pelo vírus HIV depois de receber transfusão de sangue (...). A contaminação da mulher pode ter ocorrido em razão da chamada “janela imunológica”.
( Folha de S.Paulo, 06.08.2005.)
Janela imunológica é o nome dado ao período compreendido entre a infecção do organismo e o início da formação de anticorpos contra o agente infeccioso. Considerando tais informações e o que se conhece sobre a infecção por HIV, podemos afirmar corretamente que
( Folha de S.Paulo, 06.08.2005.)
Janela imunológica é o nome dado ao período compreendido entre a infecção do organismo e o início da formação de anticorpos contra o agente infeccioso. Considerando tais informações e o que se conhece sobre a infecção por HIV, podemos afirmar corretamente que
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa D
Tema central: janela imunológica — período entre a infecção pelo HIV e a detecção de anticorpos/antígenos pelos testes. Compreender esse conceito é chave para interpretar riscos em transfusões e limitações dos exames.
Resumo teórico: Após exposição ao HIV, o vírus replica-se e pode ser detectado por métodos diretos (RNA por PCR) já nas primeiras semanas. Antígenos (p24) aparecem normalmente entre ~2–4 semanas; anticorpos IgM/IgG surgem depois, em torno de 3–12 semanas. Testes sorológicos tradicionais detectam anticorpos e, portanto, podem ser negativos na janela imunológica. A triagem de bancos de sangue combina testes sorológicos, testes de antígeno e, quando disponível, NAT (PCR) para reduzir essa janela. (Fontes: OMS; Ministério da Saúde/ANVISA — normas de triagem de sangue.)
Por que a alternativa D está correta: Ela afirma que o doador era portador do HIV e que os testes não detectaram a infecção — condizente com a existência da janela imunológica. Também ressalta que um teste recente não garante segurança total, porque se o teste foi feito durante a janela, a infecção pode passar despercebida. Essa explicação é a mais compatível com o conceito apresentado.
Análise das alternativas incorretas:
A: Parcialmente enganosa — a triagem sorológica reduz muito o risco, mas não o elimina durante a janela imunológica. Logo, afirmar que a fatalidade "poderia ter sido evitada" apenas com testes sorológicos é incorreto; seriam necessários testes mais sensíveis (NAT/antígeno) ou doação segura.
B: Errada — embora o HIV ataque células do sistema imune, os testes de triagem frequentemente detectam anticorpos (e também antígeno p24 ou RNA em testes avançados). Não é verdade que só se testam o vírus e nunca os anticorpos.
C: Incorreta e especulativa — não há indicação de que a receptora estivesse imunodeprimida; a transmissão por transfusão independe, em grande parte, do estado imunológico prévio, pois o sangue contaminado contém grande quantidade de vírus.
E: Falsa — atualmente, graças à triagem, transfusões são causa rara de transmissão do HIV; as rotas mais comuns são sexuais e, em alguns locais, por compartilhamento de agulhas. Essa alternativa exagera a presença de transfusões como "principal meio".
Estratégias para provas: busque palavras-chave (aqui, "janela imunológica"); cuidado com absolutos ("sempre", "principal"); prefira alternativas que expliquem mecanismo (teste negativo por janela) em vez de conclusões gerais.
Fontes resumidas: OMS; Ministério da Saúde (Brasil) — protocolos de triagem de sangue; ANVISA (normas de segurança transfusional).
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