Os artrópodos não distinguem estímulos luminosos, portanto não têm visão das cores.

Resposta: E — Errado

Por que: a afirmação generaliza de forma absoluta que “os artrópodos não distinguem estímulos luminosos, portanto não têm visão das cores”. Isso é falso. A maioria dos artrópodos possui órgãos visuais (olhos compostos ou ocelos) com fotoreceptores sensíveis a diferentes comprimentos de onda — o que permite discriminar cores em muitos grupos.

Resumo teórico essencial

Fotoreceptores contêm opsinas que absorvem luz em faixas espectrais distintas. Quando um animal tem pelo menos dois tipos de fotorreceptores com sensibilidades diferentes, ele pode comparar sinais e discriminar cores (visão tricromática ou mais). Nos artrópodos: olhos compostos são formados por omatídios que coletam luz; ocelos são estruturas simples usadas para detectar intensidade luminosa e ritmo dia/noite.

Exemplos práticos

- Abelhas (Apis mellifera): visão tricromática sensível a ultravioletas, azuis e verdes — essencial para encontrar flores.
- Borboletas e libélulas: múltiplos tipos de opsinas, boa discriminação de cores.
- Crustáceos e alguns insectos diurnos: também apresentam sensibilidade espectral variada.
- Mantis shrimp (Stomatopoda): caso extremo, com 12–16 tipos de fotorreceptores — visão espectral muito complexa.

Fontes e leituras recomendadas

- Campbell & Reece, Biologia (cap. sobre visão e fotorecepção).
- Briscoe & Chittka (2001), revisão sobre evolução da visão de cores em insetos.
- Cronin et al., Visual Ecology (capítulos sobre diversidade visual em artrópodes).

Estratégia para provas: atenção a frases absolutas ("não distinguem", "sempre", "nunca"). Elas costumam indicar incorreção quando existem exceções bem conhecidas (aqui: artrópodos com visão de cores). Procure exemplos contrários conhecidos (abelhas, borboletas, mantis shrimp) para rebater afirmações universais.

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