O setor produtivo é constituído por uma rede de interdependências ampliadas pela constituição de comunidades político-econômicas e mercados comuns.

A esse respeito, leia as seguintes afirmativas.

I. Uma das diferenças entre a empresa multinacional e a empresa global é resultado da mudança do conceito de autonomia operacional, esta devendo ser subordinada a uma estratégia de conjunto, adaptada às novas condições comerciais.

II. Alianças empresariais de grandes dimensões organizam os mercados e os circuitos de produção, de modo a se beneficiar de economias de escala, escolher as melhores implantações, aproveitar as especializações produtivas das empresas associadas e, assim, reduzir os custos de produção.

III. A criação de empresas-rede torna-se uma tendência e uma necessidade, resultantes de combinações entre o imperativo da integração e o imperativo da globalização. As empresas globais funcionam em redes, desenvolvendo ramificações e interdependências globais.

IV. As redes constituídas no território são tributárias de informações, cuja importância na produção aumenta significativamente. Como a globalidade da empresa relaciona-se com a participação dos serviços em suas atividades, empresas ligadas à informação são as que se globalizam com mais intensidade.

Assinale a alternativa correta.

Resposta: Alternativa C — I, II, III e IV estão corretas.

Tema central: trata-se de Geografia Econômica, focada em redes produtivas, firmas transnacionais e a globalização. É essencial entender conceitos como empresa multinacional vs. global, economias de escala, alianças e o papel da informação nos territórios.

Resumo teórico e progressivo:

- Empresas multinacionais tradicionalmente tinham maior autonomia operacional em suas filiais; empresas globais adotam estratégias integradas, coordenando decisões para otimizar a operação mundial (ver Peter Dicken, Global Shift).

- Alianças e consórcios permitem economias de escala, seleção de melhores localizações produtivas e aproveitamento de especializações, reduzindo custos e organizando circuitos produtivos.

- A lógica das empresas-rede (network firms) surge da combinação entre integração produtiva e globalização: ramificações interligadas e interdependências planetárias (Castells, The Rise of the Network Society).

- Informação e serviços aumentam a globalidade das firmas; redes territoriais dependem de fluxos informacionais cuja importância cresce na produção e na internacionalização (UNCTAD; estudos sobre globalização e serviços).

Por que a alternativa C é correta: todas as afirmativas refletem fenômenos reconhecidos na literatura: I (subordinação da autonomia operacional a estratégias globais), II (papel das alianças em organizar mercados e reduzir custos), III (empresas-rede como tendência estrutural) e IV (centralidade da informação e serviços no processo de globalização) — portanto todas são verdadeiras.

Análise das alternativas incorretas:

- A (Apenas I, II e IV): incorreta porque exclui III, que é verdadeira (empresas globais funcionam em redes).

- B (Apenas II e III e IV): incorreta porque exclui I, que também é verdadeira sobre a mudança da autonomia operacional.

- D (Apenas I e III): incorreta porque omite II e IV, ambas corretas e relevantes para explicar alianças e papel da informação.

Dica de resolução em provas: identifique palavras-chave (rede, globalização, economias de escala, informação) e compare com definições consagradas; em questões de múltipla escolha, verifique se alguma proposição contradiz princípios básicos da Geografia Econômica antes de descartar.

Fontes recomendadas: Peter Dicken, Global Shift; Manuel Castells, The Rise of the Network Society; relatórios da UNCTAD sobre investimento e globalização.

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