Leia o texto abaixo:
Albrás é a 8ª. fábrica de alumínio do mundo, e a Alunorte, a maior planta internacional de alumina.
São as duas empresas atuando na Amazônia, e foram completamente desnacionalizadas:
passaram a ser de propriedade norueguesa e japonesa. A Vale falou que transferiu suas ações nas
duas empresas para a Norsk Hydro, que já era sócia na Alunorte. (Adaptado Jornal Pessoal, maio de 2010,
1ª quinzena).
Com base no texto e na literatura sobre o assunto, analise as afirmativas e, a seguir, marque a
alternativa correta.
Gabarito comentado
Alternativa correta: A
Tema central: trata-se da implantação de um grande complexo do setor alumínio na Amazônia (Alunorte — refinaria de alumina — e Albrás — alumínio primário). Para responder é preciso relacionar dinâmica energética, investimentos estrangeiros (principalmente japoneses) e a estratégia internacional pós‑Choque do Petróleo de 1973.
Resumo teórico curto e progressivo: após o primeiro choque do petróleo (1973) o Japão, com pouca matéria‑prima, buscou garantir acesso a recursos e segurança de abastecimento para indústrias intensivas em energia e matéria‑prima (alumínio requer alumina + grande oferta energética). Esse contexto incentivou investimentos japoneses em projetos na Amazônia voltados à integração vertical (refinaria + metalúrgica), aproveitando energia hidrelétrica disponível e proximidade de bauxita/alumina. Fonte: contexto histórico‑econômico do pós‑1973 e histórico corporativo de empresas como a Norsk Hydro e consórcios japoneses.
Por que A está correta: a alternativa afirma que a inspiração do projeto foi japonesa e que foi impulsionada pelas transformações decorrentes do primeiro choque do petróleo — exatamente o núcleo explicativo aceito na bibliografia: empresas japonesas e seus parceiros buscaram garantir oferta de alumínio e matérias‑primas após a crise energética, financiando e estimulando projetos fora do Japão, inclusive na Amazônia. Logo, a relação causa‑efeito (choque → estratégia japonesa → projetos como Albrás/Alunorte) é a correta.
Análise das alternativas incorretas
B — Errada. O projeto visava bauxita/alumina e produção de alumínio primário, não a viabilização de jazidas de minério de ferro da Serra do Cachimbo. Ferro e Carajás são outra cadeia; confunde minerais distintos (ferro ≠ bauxita).
C — Errada. Embora houvesse riscos e apoio institucional, não foi um financiamento bilateral Noruega‑Brasil pelo governo norueguês. Norsk Hydro é empresa norueguesa privada; o financiamento envolveu capitais privados e acordos empresariais, não um aporte direto dos governos como enunciado.
D — Errada. Preços elevados de alumina no mercado internacional tenderiam a acelerar, não atrasar, a instalação de capacidade (maior lucro esperado). A implantação foi motivada por demanda e estratégias de abastecimento, não por “atraso” causado por preços altos.
E — Errada. Mistura fatos imprecisos: Albrás utilizou alumina principalmente da Alunorte (local), não caracteristicamente importando de Guianas/Venezuela; citar “Alupar” aqui é incorreto (Alupar é empresa do setor elétrico). Também simplifica demais as rotas de exportação — afirmações incorretas ou imprecisas.
Dica de prova: foque em palavras‑chave (choque do petróleo, Japão, bauxita/alumina vs minério de ferro, financiamento público vs privado). Elimine alternativas com termos técnicos trocados ou nomes de empresas fora de contexto.
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