O modelo Nacional-desenvolvimentista,
surgido no governo de Getúlio Vargas, fortaleceu-se
no período em que Juscelino Kubistchek governou o
país e se estendeu aos governos seguintes. Essa
ideologia que teve no ISEB (Instituto Superior de
Estudos Brasileiros) sua principal escola formuladora
e difusora, da qual participaram nomes como Hélio
Jaguaribe e Nelson Werneck Sodré, também contou
com a colaboração de influentes personagens da
cultura nacional, como Sérgio Buarque de Holanda,
Gilberto Freyre, Heitor Villa Lobos, Celso Furtado,
dentre outros.
Entre as contribuições, para o Brasil, da ideologia
Nacional-desenvolvimentista difundida pelo ISEB
encontra-se
Gabarito comentado
Resposta: Alternativa C
Tema central: a questão trata da ideologia nacional-desenvolvimentista (décadas de 1940–1960), cuja matriz defendia o papel ativo do Estado no desenvolvimento econômico e na redução das desigualdades regionais. Para resolver, é preciso identificar medidas típicas desse modelo — como planejamento, empresas estatais e órgãos regionais — e distinguir o que é anacrônico ou oposto ao seu espírito.
Resumo teórico (síntese): o nacional-desenvolvimentismo apoiou a industrialização por substituição de importações (ISI), forte intervenção estatal, investimentos em infraestrutura e criação de instituições públicas para planejamento e desenvolvimento regional. Autores e técnicos ligados ao ISEB e a economistas como Celso Furtado enfatizaram políticas específicas para o Nordeste — daí a criação da SUDENE para enfrentar a disparidade regional (veja obras de Celso Furtado e material institucional da SUDENE).
Por que a alternativa C é correta: a criação da SUDENE (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) é expressão clara da política regional do nacional-desenvolvimentismo: um órgão de planejamento e execução para reduzir o atraso do Nordeste por meio de programas, investimentos e coordenação estadual/federal. Isso está alinhado com o projeto estatal de promoção do desenvolvimento regional típico do período.
Por que as demais alternativas estão erradas:
A — Privatização de bancos estatais e da Petrobras contraria a lógica nacional-desenvolvimentista, que valorizava empresas públicas como instrumentos estratégicos do Estado (Petrobras foi criada em 1953).
B — Programas como Fome Zero, Bolsa Família e ProUni são políticas sociais do século XXI, muito posteriores ao ISEB; não são resultados do nacional-desenvolvimentismo da metade do século XX.
D — O encerramento de programas estatais (Eletrobrás, Eletronuclear, AEB) também contradiz a época: o modelo incentivava investimentos estatais em energia, ciência e tecnologia, não seu encerramento.
Dica de prova: procure na alternativa elementos temporais (programas modernos) ou conceituais (privatização vs. estatização). Identificar se a medida é coerente com intervenção estatal e planejamento ajuda a eliminar falsas opções rapidamente.
Fontes sugeridas: obras de Celso Furtado (Formação Econômica do Brasil), estudos sobre o ISEB e o sítio institucional da SUDENE.
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