Sobre a distribuição da população brasileira nas últimas décadas, assinale a alternativa correta.

A população brasileira cresceu em função de mudanças nas taxas de fecundidade e mortalidade, o que determinou um equilíbrio quantitativo entre crianças, jovens, adultos e idosos no país.

A redução nos níveis de mortalidade nas diversas regiões do Brasil propiciou uma demanda crescente por alimentação e serviços, provocando a desestabilização na economia do país.

Apesar dos avanços na medicina, a expectativa de vida ao nascer se mantém em torno de 64 anos de idade, devido às condições insalubres de vida da maioria da população brasileira.

O Brasil passa por um período de transição demográfica em que se verificam um número menor de filhos por mulher e aumentos sucessivos na expectativa de vida da população.

O Brasil apresenta uma estrutura etária jovem, tendência que se manterá estável nas próximas décadas, em razão dos incentivos governamentais para os casais terem mais filhos.

Gabarito comentado

Jair CaldeiraMonitor do Qconcursos

Gabarito: Alternativa D

Tema central: distribuição da população e transição demográfica — tema clássico em geografia para concursos. Exige entender como variações nas taxas de fecundidade e mortalidade alteram a estrutura etária (participação de crianças, jovens, adultos e idosos) e a expectativa de vida.

Resumo teórico: Transição demográfica é o processo pelo qual uma população passa de altas taxas de natalidade e mortalidade para baixas taxas, resultando inicialmente em rápido crescimento populacional e, posteriormente, em envelhecimento. Consequências típicas: queda do número médio de filhos por mulher, aumento da expectativa de vida e mudança na pirâmide etária (redução da base e alargamento das idades mais altas). Fontes: IBGE (Projeções populacionais) e Divisão de População da ONU.

Por que a alternativa D é correta: afirma que o Brasil vive uma transição demográfica com menor número de filhos por mulher e aumento sucessivo da expectativa de vida. Isso corresponde ao consenso dos estudos demográficos: redução sustentada da fecundidade nas últimas décadas e ganho de esperança de vida, levando a um processo de envelhecimento populacional (IBGE).

Análise das alternativas incorretas:

A: Errada — fala em “equilíbrio quantitativo” entre faixas etárias. Na verdade houve mudança: diminuição relativa de crianças/jovens e aumento de adultos/idosos (desigualdade na distribuição, não equilíbrio).

B: Errada — embora redução da mortalidade aumente demanda por bens/serviços, a afirmação de que isso "provocou a desestabilização na economia" é simplista e falsa; efeitos econômicos dependem de políticas, estrutura produtiva e contexto socioeconômico.

C: Errada — a afirmação de que a expectativa de vida “se mantém em torno de 64 anos” está desatualizada; o Brasil já apresenta valores bem superiores (expectativa aumentou nas últimas décadas).

E: Errada — o Brasil não mantém uma estrutura etária claramente jovem atualmente e não há políticas amplas que incentivem casais a terem mais filhos a ponto de reverter a tendência de queda da fecundidade.

Dica de prova: procure termos ligados à transição demográfica (queda da fecundidade, aumento da expectativa de vida, envelhecimento). Desconfie de enunciados com valores fixos/absolutos ou causalidades simplistas.

Fontes recomendadas: IBGE — Projeção da População; ONU — Divisão de População (Relatórios sobre envelhecimento e fecundidade).

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