A divisão do mundo em Estados nacionais, com
fronteiras, moedas e alfândegas, cria barreiras à
livre circulação de mercadorias, serviços, capitais
e pessoas. A criação de blocos econômicos é uma
tentativa de reduzir essas barreiras em escala
regional, mas também uma forma de os países
membros se fortalecerem frente ao processo de
globalização. Nesse processo, NÃO constitui uma
forma de organização de blocos econômicos a
Gabarito comentado
Resposta: Alternativa D
1) Tema central
A questão trata de formas de integração econômica entre Estados — mecanismos usados para reduzir barreiras ao comércio, circulação de capitais, serviços e pessoas. Conhecer as etapas clássicas de integração (área de livre-comércio, união aduaneira, mercado comum, união econômica e monetária) é essencial.
2) Resumo teórico (progressivo)
- Área de livre comércio: países eliminam tarifas internas entre si, mantendo políticas externas independentes (ex.: NAFTA/USMCA).
- União aduaneira: elimina tarifas internas e adota tarifa externa comum (ex.: Mercosul em certos aspectos; conceito definido por Jacob Viner).
- Mercado comum: além de bens, há livre circulação de fatores (trabalho, capital).
- União econômica e monetária: coordenação de políticas econômicas e adoção de moeda comum (ex.: Zona Euro).
Referência clássica: Bela Balassa (1961) — estágios da integração econômica.
3) Justificativa da alternativa correta (D)
A alternativa D — eliminação das fronteiras físicas — não é uma "forma de organização de blocos econômicos" nos termos da teoria da integração. Ela descreve uma ação física (remoção de controles fronteiriços), que pode ocorrer em contextos específicos (ex.: Acordo de Schengen reduz controles para pessoas), mas não constitui um modelo institucional de integração econômica reconhecido como etapa (como união aduaneira ou mercado comum). Logo, é a única alternativa que não corresponde a uma categoria teórica de integração econômica.
4) Análise das alternativas incorretas
A — União aduaneira: válida. Eliminação de tarifas internas e adoção de tarifa externa comum — forma clássica.
B — União econômica e monetária: válida. Inclui coordenação fiscal/monetária e moeda comum (ex.: Zona Euro).
C — Criação de zonas de livre comércio: válida. Ex.: blocos que eliminam tarifas entre membros mantendo políticas externas distintas.
E — Organização de mercados comuns: válida. Refere-se ao mercado comum (livre circulação de bens e fatores).
5) Estratégia para a prova
Procure termos técnicos: se a alternativa descreve um modelo institucional de integração (etapas consagradas na literatura), provavelmente está certa. Desconfie de alternativas literais ou fora do escopo teórico (como “eliminação física” sem referência a políticas econômicas).
Fontes recomendadas: Bela Balassa, "The Theory of Economic Integration" (1961); Jacob Viner sobre união aduaneira; material didático de Geografia Econômica e blocos regionais (UE, Mercosul, NAFTA/USMCA).
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