A globalização neoliberal do século XX estabeleceu
características universais, mas adquiriu certas especificidades
nos espaços que se inseriram neste processo, como se infere
Se tomarmos como referência a história
econômica mundial, veremos que o fenômeno da
globalização é recente, não ultrapassando cinco
séculos de existência. Tendo sua origem com a
expansão marítima europeia no século XV,
amadurece com a Revolução Industrial e as
políticas imperialistas e colonialistas do século
XIX, e se consolida com a globalização neoliberal
do século XX. Cada etapa apresenta seus
contornos ideológicos e seus significados
históricos.
(SE TOMARMOS... 2017).
Se tomarmos como referência a história econômica mundial, veremos que o fenômeno da globalização é recente, não ultrapassando cinco séculos de existência. Tendo sua origem com a expansão marítima europeia no século XV, amadurece com a Revolução Industrial e as políticas imperialistas e colonialistas do século XIX, e se consolida com a globalização neoliberal do século XX. Cada etapa apresenta seus contornos ideológicos e seus significados históricos.
(SE TOMARMOS... 2017).
Gabarito comentado
Gabarito: D
Tema central: a questão aborda a globalização neoliberal e suas implicações sobre o papel do Estado — em especial o processo de adoção do chamado Estado mínimo no Brasil durante os governos de Fernando Collor (1990–1992) e Fernando Henrique Cardoso (1995–2002).
Resumo teórico: o neoliberalismo privilegia privatizações, desregulamentação, abertura comercial e controle/fiscalização dos gastos públicos, reduzindo a intervenção direta do Estado na economia (conceito de “Estado mínimo”). Autores de referência: David Harvey, A Brief History of Neoliberalism; para o Brasil, leis e medidas como o programa de privatizações e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000) são marcos dessa orientação.
Por que a alternativa D está correta: Collor iniciou a abertura econômica e medidas de liberalização (redução de barreiras tarifárias, privatizações iniciais), enquanto FHC aprofundou privatizações (ex.: Telebrás em 1998), reformas e regras fiscais (Lei de Responsabilidade Fiscal, 2000). Essas ações representam claramente a implementação de políticas voltadas ao Estado mínimo, coerentes com a globalização neoliberal.
Análise das demais alternativas:
A — Errada. Após 1929 os EUA ampliaram o intervencionismo estatal (New Deal de Franklin D. Roosevelt), não o abandonaram. Isso é característica do pós-crise de 1929 (Keynesianismo), oposta ao neoliberalismo.
B — Errada. Perestroika/Glasnost (Gorbachev) foram reformas tardias da URSS que não equivalem a uma “abandonamento completo” imediato da economia planificada como proposto — e referem-se a dinâmica interna da URSS, não à consolidação do neoliberalismo global.
C — Errada. A Primavera Árabe trouxe desdobramentos heterogêneos (alguns países instabilidade e retrocessos autoritários), não a “consolidação de Estado democrático e laico” universalmente.
E — Errada. As medidas de ajuste fiscal recentes (ex.: teto de gastos/EC 95/2016) buscam contenção do gasto público — não configuram fortalecimento do Estado como regulador; muitas são vistas como austeridade ou redução do papel estatal, o oposto do que a alternativa afirma.
Estratégia para prova: foque em palavras-chave temporais e ideológicas (“neoliberal”, “Estado mínimo”, nomes de presidentes e leis). Relacione eventos concretos (privatização, LRF, abertura) ao conceito para eliminar alternativas que descrevem processos contrários (ex.: New Deal = intervenção estatal).
Fontes breves: David Harvey (A Brief History of Neoliberalism); Lei Complementar 101/2000 (LRF); estudos sobre privatizações no governo FHC; Plano Collor (1990).
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