Nos peixes, as brânquias são altamente eficientes na difusão, para o sangue, do oxigênio dissolvido da água, graças à presença de lamelas altamente vascularizadas. Por outro lado, em águas paradas, lodosas e de temperaturas mais elevadas, a solubilidade do oxigênio diminui, de modo que a respiração branquial pode não ser o suficiente para suprir a demanda de oxigênio necessária para a respiração. Nessas condições, algumas espécies de peixes utilizam a respiração acessória. Assinale a alternativa que apresenta exemplo de peixe com esta capacidade respiratória.

Resposta correta: C - Pirarucu (Arapaima gigas)

Tema central: respiração acessória em peixes — adaptações que permitem extrair oxigênio diretamente do ar quando o O2 dissolvido na água é insuficiente (águas paradas, quentes ou lodosas). Saber identificar espécies com pulmão ou órgãos respiratórios acessórios é chave para responder.

Resumo teórico: a maioria dos peixes troca gases pelas brânquias; porém, algumas espécies desenvolveram órgãos respiratórios acessórios (ex.: bexiga natatória modificada, suprabrânquias, labirinto) que lhes permitem captar ar atmosférico. Esses peixes podem ser facultativos (usam ar quando necessário) ou obrigatórios (necessitam subir para respirar).

Justificativa da alternativa correta: o pirarucu (Arapaima gigas) é um clássico exemplo de peixe respirador de ar. Possui uma bexiga natatória altamente vascularizada e modificada que funciona como órgão respiratório; é considerado respirador de ar obrigatório — precisa subir à superfície para sobreviver em ambientes pobres em oxigênio. Fontes: FishBase; Graham, J.B., "Air‑breathing Fishes" (referência clássica em fisiologia).

Análise das alternativas incorretas:

A - Salmão: espécies anádromas adaptadas a águas frias e bem oxigenadas; dependem basicamente de brânquias e não têm respiração aérea acessória.

B - Piraputanga (Brycon spp.): peixe de água doce que respira por brânquias; não há relato de respiração aérea acessória típica como no pirarucu.

D - Tucunaré (Cichla spp.): ciclídeo predador de rios e lagos; respiração branquial predominante e sem adaptação aérea relevante.

E - Pacu (Piaractus/Colossoma): importantes frugívoros/omnívoros de água doce, mas também não são conhecidos por dependerem de respiração aérea acessória como mecanismo principal.

Estratégia para provas: ao ver “respiração acessória” e “águas paradas/quentes”, pense em peixes amazônicos conhecidos por respirar ar (ex.: pirarucu, peixes‑pulmão, alguns bagres como Clarias, alguns ovos de Hoplosternum). Identifique a espécie que possui bexiga natatória respiratória ou órgão suprabrânquial — essa será quase sempre a correta.

Dica prática: memorizar exemplos típicos (pirarucu, dipnoicos/peixes‑pulmão, alguns bagres africanos/asiáticos) ajuda a eliminar alternativas.

Fontes rápidas: FishBase (www.fishbase.org); Graham JB. Air‑breathing Fishes: Evolution, Diversity, and Adaptation (capítulos sobre Arapaima).

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