As forças evolutivas são processos que levam à alteração
das frequências gênicas nas populações. Qual das opções
abaixo NÃO constitui uma força evolutiva?
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa D — recombinação
Tema central: entender quais processos alteram frequências gênicas (alélicas) nas populações. A chave é distinguir forças que mudam a frequência de alelos daquelas que apenas reorganizam alelos entre genótipos.
Resumo teórico: as principais forças evolutivas clássicas são: mutação (cria novos alelos), deriva genética (flutuações aleatórias das frequências em populações finitas), migração/gene flow (introduz ou remove alelos por movimento de indivíduos) e seleção natural (alelos vantajosos aumentam em frequência). Esses processos mudam diretamente as frequências alélicas (ver Hartl & Clark; Futuyma).
Por que a recombinação NÃO é considerada uma força evolutiva aqui: a recombinação (crossing-over, permuta de segmentos entre cromátides) reestrutura combinações de alelos — altera frequências genotípicas e reduz a desequilíbrio de ligação — mas, em termos ideais, não altera as frequências absolutas dos alelos em uma geração. Ou seja, ela redistribui alelos entre genótipos sem criar nem eliminar alelos por si só. Assim, frente ao enunciado que pergunta qual NÃO constitui força que altera frequências gênicas, a resposta é recombinação.
Análise das alternativas incorretas:
- A — Mutação: cria novos alelos e, portanto, altera as frequências alélicas a longo prazo (mesmo que a taxa seja baixa).
- B — Deriva genética: em populações finitas causa mudanças aleatórias nas frequências gênicas, podendo fixar ou eliminar alelos.
- C — Migração: movimento de indivíduos entre populações modifica a composição alélica local (fluxo gênico).
- E — Seleção natural: altera frequências ao favorecer reprodução/sobrevivência de certos alelos.
Observação importante: em contextos reais, recombinação pode influenciar indiretamente a evolução das frequências alélicas quando interage com seleção e ligação entre genes (por exemplo, permitindo combinação de alelos favoráveis ou quebrando associações prejudiciais). Mas isoladamente, e segundo a definição clássica de “força evolutiva” que muda diretamente frequências alélicas, recombinação não se encaixa.
Estratégia para provas: ao ver “frequências gênicas” pense imediatamente em processos que criam, perdem ou movem alelos (mutação, deriva, migração, seleção). Se uma opção fala em reorganização (recombinação, cruzamento, acasalamento não-aleatório), pergunte-se se há mudança na frequência alélica ou apenas na combinação entre alelos.
Fontes: Hartl & Clark, Principles of Population Genetics; Futuyma, Evolutionary Biology; princípios do equilíbrio de Hardy–Weinberg.
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!






