“No mundo da globalização, tudo circula: dos capitais ao conhecimento. Se, por um lado, muito daquilo que transita o faz de maneira virtual, por meio de fios, cabos ou fibras ópticas, por outro, pessoas e mercadorias devem ser deslocadas fisicamente de um local para outro”. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u6595.shtml

Sobre os transportes, todas as alternativas estão corretas, exceto a

A grande área, a disponibilidade hídrica, a longa faixa litorânea e os relevos pouco acidentados não foram obstáculos à adoção de uma política de transportes apoiada nas rodovias.

As cidades brasileiras vêm assegurando a todos os seus moradores o acesso aos recursos disponíveis, começando por um bom sistema de mobilidade e a existência de espaços públicos, com qualidade para todos, inclusive para os turistas.

A poluição, sobretudo nas grandes cida-des, os pedágios que vieram com as privatiza-ções e o preço mais caro do que as ferrovias e hidrovias são aspectos negativos do sistema rodoviário predominante no Brasil.

A qualidade, a diversificação e a tarifa do transporte público, o respeito ao pedestre, a qualidade das calçadas e a sua adequação às pessoas com necessidades especiais, a quantidade de ciclovia, a segurança no trânsito são aspectos que devem fazer parte de qualquer planejamento urbano.

Gabarito comentado

Paula DelgadoMonitor do Qconcursos

Alternativa correta: B

Tema central: trata-se de política de transportes e mobilidade urbana no Brasil, no contexto da globalização — compreensão exige saber como opções modal e decisões políticas moldam custos, qualidade e acesso.

Resumo teórico: o Brasil historicamente adotou um modelo rodoviário (grandes investimentos em rodovias), apesar de possuir costa extensa e hidrovias potencialmente competitivas; a Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei nº 12.587/2012) prevê acesso universal e mobilidade sustentável, mas sua implementação é desigual entre municípios.

Por que B é a exceção (errada)? A assertiva afirma que as cidades brasileiras vêm assegurando a todos os moradores acesso aos recursos — inclusive bom sistema de mobilidade e espaços públicos de qualidade. Essa frase é absolutista e contrasta com a realidade: há desigualdades no acesso a transporte público, grandes déficits de acessibilidade, déficit de infraestrutura em favelas e muitas áreas com fracos espaços públicos. A lei (12.587/2012) define metas, mas não garante execução homogênea. Logo, B é falsa.

Análise das demais alternativas (corretas):

A — correta: apesar de grandes dimensões, disponibilidade hídrica e litoral, o país consolidou política voltada às rodovias; fatores físicos não impediram o rodoviarismo.

C — correta: poluição urbana, cobrança de pedágios após privatizações e custo modal rodoviário mais alto por tonelada‑km que ferrovias/hidrovias são pontos reais e documentados.

D — correta: qualidade e tarifa do transporte público, acessibilidade de calçadas, ciclovias e segurança são, de fato, componentes essenciais de planejamento urbano moderno e constam nas diretrizes de mobilidade.

Dica de prova: ao ver “exceto”, busque a alternativa que apresente generalização incompatível com a realidade; verifique termos absolutos (“todos”, “sempre”) — muitas pegadinhas aparecem assim.

Fontes sugeridas: Lei nº 12.587/2012 (Política Nacional de Mobilidade Urbana); estudos do IBGE sobre acesso urbano; literatura sobre logística e modais no Brasil.

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