No Estado de São Paulo ocorreram alguns casos curiosos no ano de 2015: algumas pessoas foram inicialmente diagnosticadas com dengue, pois apresentavam febre alta, dores de cabeça, vômito e manchas vermelhas na pele, mas, posteriormente, após análises mais criteriosas, foram identificadas como portadoras de outra doença. As análises mostraram que se tratava de uma doença bacteriana, associada ao sistema circulatório e transmitida pelo carrapato-estrela. A doença em questão era

Alternativa correta: E - Febre maculosa

Tema central: identificação de doenças infecciosas pela combinação de sinais clínicos, agente etiológico, vetor e órgão-alvo. Aqui o enunciado dá pistas-chave: doença bacteriana, transmitida por carrapato-estrela e associada ao sistema circulatório (vasculite/lesões endoteliais).

Resumo teórico: A febre maculosa é causada por Rickettsia rickettsii (bactéria intracelular) e transmitida por carrapatos do complexo Amblyomma (no Brasil, o chamado carrapato-estrela). A infecção causa vasculite sistêmica — febre alta, cefaleia, vômitos e exantema maculopapular ou com petéquias — e pode ser confundida com dengue nas fases iniciais. Tratamento imediato com doxiciclina é essencial. Fontes: Ministério da Saúde (Brasil) — vigilância de febre maculosa; CDC — Rocky Mountain spotted fever.

Por que E está certa: só a febre maculosa reúne todas as pistas: bacteriana (Rickettsia), vetor = carrapato-estrela e comprometimento vascular/sistêmico causando exantema.

Análise das alternativas incorretas:

A - Febre tifóide: provocada por Salmonella Typhi, doença enteral (intestinal) transmitida via água/alimentos contaminados — não por carrapatos nem primariamente vascular com exantema típico.

B - Botulismo: intoxicação por toxina de Clostridium botulinum; quadro neurológico com paralisia flácida, sem febre/exantema e não transmitido por carrapatos.

C - Tétano: causado pela toxina de Clostridium tetani; quadro de rigidez e espasmos musculares, sem exantema febril nem vetor artrópode.

D - Tifo: termo genérico para tifus (Rickettsia prowazekii ou R. typhi), que é rickettsial, mas é transmitido por piolhos ou pulgas — não por carrapatos-estrela — e o padrão epidemiológico/vetor difere.

Estratégia para provas: procure palavras-chave no enunciado (vetor, agente — bactéria/virus, órgão afetado). Vetor “carrapato” imediatamente orienta para rickettsioses; descarte opções que não envolvem vetores ou que descrevem toxinfecções/enterites/quadros neurológicos.

Fontes recomendadas: Ministério da Saúde — Guia de Vigilância em Saúde (febre maculosa); CDC — Rocky Mountain spotted fever; livros de Microbiologia Médica.

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