Dados do Ministério da Saúde mostram que a
prevalência da obesidade no Brasil aumentou em 60%,
passando de 11,8%, em 2006, para 18,9% em 2016.
Apesar de várias doenças serem correlacionadas com
a obesidade, este não é o caso:
Gabarito comentado
Resposta correta: E
Tema central: a questão avalia a relação entre obesidade e doenças que afetam a qualidade de vida. É preciso reconhecer associações bem estabelecidas (metabólicas, mecânicas e neoplásicas) e distinguir aquilo que, apesar de ter alguma evidência indireta, não é classificação usual como consequência direta e consensual da obesidade no contexto de exames.
Resumo teórico: a obesidade promove resistência insulínica, inflamação crônica e alterações hormonais e vasculares. Essas mudanças explicam forte associação com: diabetes tipo 2, disfunção erétil (por comprometer fluxo vascular e testosterona), incontinência urinária (aumento da pressão abdominal e dano ao assoalho pélvico) e alguns cânceres (p.ex. intestino/coloretal) devido a inflamação, insulina/IGF e alterações celulares. Já a relação entre obesidade e Alzheimer é mais complexa e menos direta, com evidências inconsistentes e sem consenso de causalidade direta como nas outras opções.
Justificativa da alternativa correta (E): entre as opções, Alzheimer é a que não figura como consequência direta e classicamente correlacionada à obesidade em materiais de saúde pública. Diretrizes e revisões apontam fatores como idade, genética (APOE), doenças vasculares e diabetes como riscos claros; a obesidade pode influenciar indiretamente, mas não é citada como associação tão estabelecida quanto as demais alternativas.
Análise das alternativas incorretas:
A - Disfunção erétil: correta relação. Obesidade causa alterações vasculares e hormonais que reduzem perfusão peniana e libido.
B - Diabetes: forte correlação: obesidade é principal fator de risco para diabetes tipo 2 (resistência à insulina).
C - Incontinência urinária: obesidade aumenta pressão intra-abdominal e sobrecarga do assoalho pélvico, elevando risco, especialmente em mulheres.
D - Câncer de intestino: associação reconhecida entre obesidade e câncer colorretal por vias inflamatórias e metabólicas.
Estratégias para prova: atenção à palavra “não”; busque a associação mais fraca ou não consensual. Priorize relações com mecanismo fisiopatológico direto (metabólico, mecânico, hormonal) para eliminar alternativas.
Fontes indicadas: WHO (Obesity and overweight), Instituto Nacional de Câncer (INCA) — evidências sobre obesidade e câncer, revisões clínicas sobre obesidade, diabetes e função sexual.
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