Em um caso hipotético, apenas dois homens, um do grupo sanguíneo B (genótipo IB_) e outro do grupo
sanguíneo A (genótipo IA_), podem ser o pai biológico de uma menina do grupo O (genótipo ii).
Nesse cenário, seria possível determinar com segurança a paternidade se um dos homens
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa B
Tema central: herança do sistema ABO — como os alelos IA, IB e i determinam os grupos sanguíneos e como informações sobre genitores podem confirmar ou excluir paternidade.
Resumo teórico (essencial): o sistema ABO tem três alelos: IA e IB são codominantes entre si; i é recessivo. Assim, para ter fenótipo O (grupo O) o indivíduo precisa ser ii. Se um homem não puder transmitir um alelo i (porque é homozigoto IAIA ou IBIB), ele não pode ser pai de uma criança grupo O.
Justificativa da alternativa B: Se o possível pai tiver os dois progenitores do grupo AB (genótipo IAIB cada um), nenhum deles tem o alelo i. Logo, suas gametas só podem levar IA ou IB. Portanto o homem não pode possuir o alelo i — seus genótipos possíveis são IAIA, IAIB ou IBIB, dependendo do seu fenótipo observado. Para o caso em que esse homem é do fenótipo A, com pais AB×AB o seu genótipo obrigatório é IAIA (não IAi). Assim ele não pode transmitir i e, consequentemente, não poderia ser pai de uma criança do grupo O (ii). Com essa informação, a paternidade fica determinada com segurança a favor do outro homem. Por isso a alternativa B é correta.
Análise das alternativas incorretas:
A (tivesse pai ou mãe do grupo O): se um dos pais é O (ii), o homem necessariamente carrega um alelo i (recebeu i daquele genitor). Isso apenas confirma que ele pode gerar filho O, mas não exclui o outro homem — portanto não determina paternidade com segurança.
C (fosse pai de um menino do grupo O): ter gerado um filho O prova que esse homem tem o alelo i, mas o outro homem poderia também tê-lo; por si só não exclui o outro como pai.
D (fosse pai de um menino do grupo A) e E (fosse pai de um menino do grupo B): esses fatos não garantem nem excluem presença do alelo i no genitor (dependem dos genótipos da mãe da outra criança); portanto não permitem determinar paternidade do caso em questão com certeza.
Dica prática para provas: identifique quem pode ou não transmitir o alelo recessivo i. Informação sobre os genitores (pais do possível pai) que impossibilita a presença de i (ex.: ambos AB) permite exclusão categórica. Sempre desenhe cruzamentos simples (gametas) para ver alelos possíveis.
Fontes/apoio: princípios da genética mendeliana e livros de biologia geral (p.ex. Campbell; princípios de genética clássica do ABO).
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