Pedro e Ana estão pensando em ter um filho. Pedro tem um irmão albino e uma irmã com pigmentação normal.
Seus pais não são albinos, porém Pedro tem uma tia paterna albina e um primo, por parte de mãe, com a mesma
característica. Já Ana tem um avô materno e uma irmã albinos e um irmão com pigmentação normal. Os pais de
Ana também têm pigmentação normal.
Que informações permitem avaliar com maior precisão as chances de Pedro e Ana terem um filho albino?
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa C
Tema central: genética mendeliana aplicada a um traço autosômico recessivo (albinismo). É importante porque permite estimar probabilidades de um casal ter filho afetado a partir de informações familiares e de parentesco.
Resumo teórico progressivo: Albinismo é classicamente autosômico recessivo: genótipo aa = afetado; AA e Aa = fenótipo normal. Se pais fenotipicamente normais têm um filho afetado, ambos são necessariamente portadores (Aa). Para um indivíduo fenotipicamente normal com um irmão afetado e pais normais, a chance de ser portador é 2/3 (regra 2/3) — porque entre os três genótipos possíveis para o não-afetado, dois são portadores.
Justificação da alternativa C: Saber o fenótipo do irmão de Pedro e da irmã de Ana é o que mais esclarece se Pedro e Ana têm probabilidade aumentada de serem portadores. No caso descrito, ambos têm irmãos afetados — essa informação permite aplicar a regra 2/3 para cada um: P(Pedro portador)=2/3; P(Ana portadora)=2/3. A probabilidade de terem um filho albino é então (2/3)*(2/3)*(1/4) = 1/9 ≈ 11,1%. Assim, conhecer os fenótipos dos irmãos fornece cálculo direto e preciso do risco.
Análise das alternativas incorretas:
A: "Fenótipo da irmã de Pedro e genótipo do avô de Ana." A irmã de Pedro fenotipicamente normal dá pouca precisão (pode ser AA ou Aa) e o genótipo do avô materno de Ana, mesmo que conhecido, informa uma geração mais distante — menos direto para estimar se Ana é carregadora.
B: "Genótipo da tia de Pedro e genótipo do irmão de Ana." Genótipos seriam muito informativos se realmente disponíveis, mas é improvável tê-los; além disso, a tia é parente lateral (menos informativa que irmão). O enunciado dá já a informação fenotípica de tia/irmão; pedir genótipo torna a alternativa impraticável e não mais precisa que saber o fenótipo dos irmãos.
D: "Genótipo do primo de Pedro e fenótipo da mãe de Ana." Primo é parente ainda mais distante; fenótipo da mãe de Ana (normal) é pouco informativo para excluir ou confirmar portadores sem testes.
E: "Fenótipo do pai de Pedro e genótipo do pai de Ana." Pais fenotipicamente normais não ajudam tanto quanto a presença de irmãos afetados; o genótipo do pai de Ana seria útil se conhecido, mas a alternativa mistura dados pouco práticos e menos diretos.
Dica de prova: identifique se a característica é recessiva; priorize informações de irmãos afetados (mesma geração, 50% de compartilhamento genético) e aplique a regra 2/3 para irmãos fenotipicamente normais com irmão afetado.
Fontes de apoio: livros de genética mendeliana (Pierce, "Genetics: A Conceptual Approach") e materiais didáticos de genética médica.
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