Mariana (fator Rh+), mãe de João (fator Rh-), descobre
que está grávida do segundo filho. Considerando o
risco de eritroblastose fetal, Mariana procura seu
médico para tirar dúvidas e descobre que:
Gabarito comentado
Resposta correta: B
Tema central: incompatibilidade Rh e risco de eritroblastose fetal (HDFN). É importante saber quem pode produzir anticorpos anti‑D e em que situação esses anticorpos atacam o feto.
Resumo teórico: o sistema Rh refere‑se principalmente ao antígeno D. Pessoas Rh+ têm o antígeno (genótipo RR ou Rr); Rh– não têm (rr). A eritroblastose fetal por Rh ocorre quando a mãe é Rh– e é sensibilizada por hemácias Rh+ do feto, passando a produzir anticorpos IgG anti‑D que atravessam a placenta e hemolisam as hemácias do feto em gestações subsequentes. Profilaxia com imunoglobulina anti‑D evita sensibilização (ACOG; Nelson).
Justificativa da alternativa B: Mariana é Rh+. Pessoas Rh+ não formam anticorpos anti‑Rh contra o próprio antígeno D; portanto não têm risco de eritroblastose por incompatibilidade Rh. Mesmo que um filho anterior seja Rh– (o que indica que Mariana é heterozigota Rr), isso não gera anticorpos maternos. Logo, ela não deve se preocupar por falta de anticorpos anti‑Rh.
Análise das alternativas incorretas:
A: "doadora universal" refere‑se a sangue O‑ no sistema ABO/Rh; não é aplicável ao fato de ela ser Rh+ e não explica risco de eritroblastose.
C: afirma que o primeiro filho possui anticorpos anti‑Rh — incorreto. Anticorpos anti‑D são produzidos pela mãe, não pelo feto.
D: diz que não deve se preocupar por ter alelo recessivo r — ter r (ser Rr) pode gerar filhos Rh–, mas não explica por que não haveria risco: o fator determinante é o fenótipo materno (Rh– pode sensibilizar; Rh+ não).
E: afirma preocupação por possuir alelo dominante R — estar Rh+ (presença de R) não leva à produção de anticorpos anti‑D nem ao risco de HDFN por Rh.
Dica de resolução: identifique quem produz anticorpos (a mãe) e qual fenótipo materno causa risco (Rh–). Cuidado com termos como "dominante/recessivo" que confundem genótipo com consequência clínica.
Fontes: Nelson Textbook of Pediatrics; ACOG Practice Bulletin sobre prevenção da aloinumunização Rh; diretrizes de imunoprofilaxia anti‑D.
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