[...] a História da Evolução tem dois componentes
principais: a ramificação das linhagens e as
mudanças dentro das linhagens (incluindo a
extinção). Espécies inicialmente similares tornamse cada vez mais diferentes, de modo que,
decorrido tempo suficiente, elas podem chegar a
apresentar diferenças profundas. [...] Os padrões
hierarquicamente organizados de aspectos
comuns entre as espécies — tais como as
características comuns de todos os primatas, de
todos os mamíferos, todos os vertebrados, todos
os eucariontes e todos os seres vivos — refletem
uma história na qual todas as espécies vivas podem
ser seguidas retrospectivamente ao longo do tempo,
até se chegar a um número cada vez menor de
ancestrais comuns. (FUTUYMA, 2002, p.3)
A partir da análise dos conceitos evolutivos expostos no texto,
é possível afirmar:
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa C
Tema central: O texto trata da história da evolução como um processo de ramificação (cladogênese) e de mudanças dentro das linhagens, gerando padrões hierarquizados de semelhança entre espécies. Entender isso exige conhecer conceitos como ancestralidade comum, homologia vs analogia, árvores filogenéticas e tipos de evidência (anatômica, embrionária, molecular).
Resumo teórico curto e claro: - A evolução não é linear: é principalmente um processo ramificado, onde linhagens se bifurcam formando uma árvore de vida. - Características semelhantes entre grupos muitas vezes refletem homologia — traços herdados de um ancestral comum. - Evidências de ancestralidade comum vêm de anatomia comparada, ontogenia (desenvolvimento embrionário), registro fóssil e, hoje em dia, sequências de DNA (Futuyma, 2002; Zimmer & Emlen; livros-texto de biologia evolutiva).
Por que a alternativa C é correta: Ela afirma que provas da descendência comum residem em características comuns incluindo anatomia, desenvolvimento embrionário e DNA. Isso resume exatamente as linhas clássicas e modernas de evidência usadas em filogenia: estruturas homólogas, padrões embrionários conservados e similaridade molecular que apontam para ancestrais partilhados. Essa é a conclusão central do trecho de Futuyma citado.
Análise das alternativas incorretas:
A — Errada. A frase “cadeias descontínuas de descendência” é enganosa. A descendência entre organismos é contínua ao longo do tempo por meio de transmissão genética; o padrão é ramificado (não “descontínuo”) e conecta todos os seres por ancestrais comuns.
B — Errada. Árvores filogenéticas representam ramificações, não evolução linear. Além disso, convergência adaptativa produz analogias (semelhanças independentes), que não explicam a posição comum de grupos na árvore.
D — Errada. Define cladogênese incorretamente. Cladogênese = formação de novas linhagens por ramificação. Mudanças ao longo de uma única linhagem são anagênese.
E — Errada. Padrões hierárquicos de semelhança correspondem a homologias, não a analogias. Analogias derivam de evolução convergente e não produzem a estrutura aninhada típica da filogenia.
Dica de prova: Procure palavras-chave: "ancestrais comuns", "características comuns", "ramificação" → indicam filogenia e homologia. Desconfie de termos como "linear", "analogias" e definições invertidas de cladogênese/anagênese.
Fontes sugeridas: Futuyma, D. J. (2002) Evolution; livros-texto de biologia evolutiva e artigos sobre filogenia molecular.
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