"A globalização é um fenômeno tão antigo quanto os Estados, e o seu desenvolvimento está associado às políticas definidas por eles... A revolução da União Europeia e a criação de outros blocos geoeconômicos regionais alimentam o ponto de vista segundo o qual a globalização tropeça na tendência de regionalização da economia mundial". (MAGNOLI, Demétrio. Globalização: estado nacional e espaço mundial. São Paulo: Moderna, 1997, p.).
Considerando as palavras de Demétrio Magnoli, pode-se afirmar sobre a globalização:
"A globalização é um fenômeno tão antigo quanto os Estados, e o seu desenvolvimento está associado às políticas definidas por eles... A revolução da União Europeia e a criação de outros blocos geoeconômicos regionais alimentam o ponto de vista segundo o qual a globalização tropeça na tendência de regionalização da economia mundial". (MAGNOLI, Demétrio. Globalização: estado nacional e espaço mundial. São Paulo: Moderna, 1997, p.).
Considerando as palavras de Demétrio Magnoli, pode-se afirmar sobre a globalização:
O mundo tende para a decadência dos mercados e blocos regionais como a União Europeia, o Mercosul e o Nafta.
A globalização implica em o Estado assumir várias funções sociais antes abandonadas desde 1930.
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa E
Tema central: A questão trata da relação entre globalização e o papel do Estado. É preciso compreender que globalização não elimina o Estado; ela redefiniu funções estatais, exigindo mediação entre interesses externos (mercados, blocos regionais) e a sociedade nacional.
Resumo teórico (síntese): Globalização = intensificação das interdependências econômicas, políticas e culturais em escala mundial. Em vez de apagar o Estado, esse processo frequentemente o transforma em regulador, mediador e facilitador de competitividade. Autores como Demétrio Magnoli (1997) e analyses de relações regionais (União Europeia, Mercosul) mostram que há simultaneamente globalização e regionalização — blocos geoeconômicos reforçam a necessidade de ação estatal coordenada.
Justificativa da alternativa E: A alternativa afirma que a globalização reforça a capacidade do Estado de atuar como intermediador entre forças externas e a sociedade nacional. Isso é coerente com a literatura: Estados negociam regras, protegem setores estratégicos, implementam políticas sociais e atraem investimentos, mediando impactos externos. Portanto, E expressa corretamente a função contemporânea do Estado.
Análise das incorretas:
A — Incorreta: diz que o mundo tende à decadência de blocos regionais; contradiz a observação de Magnoli sobre fortalecimento de blocos (UE, Mercosul) como reação à globalização.
B — Incorreta: afirma que o Estado retoma várias funções sociais abandonadas desde 1930; é impreciso historicamente e ignora a reconfiguração (não simples retomada) de funções diante da globalização.
C — Incorreta: sugere estatização de empresas privadas; tendência global é de privatização e regulação, não ampla estatização. Exceções são pontuais e dependem do contexto nacional.
D — Incorreta: a ideia de que o Estado abre mão completamente de soberania é exagerada. Há perda relativa de autonomia em alguns aspectos, mas o Estado mantém e adapta instrumentos de soberania para negociar no sistema global.
Estratégias para resolver questões assim: 1) Identifique termos-chave (globalização, Estado, regionalização). 2) Compare afirmações com conceitos conhecidos (mediação, regulação vs. estatização/abandono de soberania). 3) Desconfie de absolutismos (“completamente”, “decadência total”). 4) Relacione enunciado ao autor citado (Magnoli: coexistência globalização–regionalização).
Fontes: Demétrio Magnoli, Globalização: estado nacional e espaço mundial (1997); sínteses em estudos de geopolítica e economia política sobre globalização e regionalização.
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