Em relação à formação desses gêmeos, pode-se afirmar:
Considere que um casal impossibilitado de ter filhos em condições
normais tiveram gêmeos, sendo um do sexo masculino e outro do
sexo feminino. Isso só foi possível depois que um especialista
em reprodução humana sugeriu que, para o caso, o método
mais indicado seria o da fertilização in vitro. A técnica consiste na
estimulação ovariana para aumentar a produção de óvulos. Em seguida,
os óvulos são coletados e levados ao laboratório onde são
colocados em meio artificial juntamente com espermatozoides
para que ocorra a fecundação. Se a fertilização for bem sucedida,
no terceiro dia após a fecundação, os embriões são transferidos
para o útero da mãe.
Gabarito comentado
Resposta correta: E
Tema central: gemelaridade e tipos de gêmeos no contexto de reprodução assistida (FIV). Conhecimentos necessários: conceitos de zigoto, mono- vs dizigose, cromossomos sexuais e práticas da fertilização in vitro.
Resumo teórico: - Gêmeos dizigóticos (fraternos): originam‑se de dois óvulos distintos fecundados por espermatozoides diferentes; podem ser de sexos diferentes e, normalmente, têm placentas separadas. - Gêmeos monoquigóticos/univitelinos (idênticos): derivam de um só ovo fecundado que se divide; habitualmente são do mesmo sexo e geneticamente idênticos; podem compartilhar placenta dependendo do momento da clivagem. - Na FIV, a estimulação ovariana e a transferência de mais de um embrião aumentam a probabilidade de dizigose (duas gestações independentes).
Justificativa da alternativa E: A ocorrência de um par de gêmeos de sexos diferentes indica que houve dois zigotos distintos (um XX e outro XY). Na FIV, é comum fecundar vários óvulos e transferir mais de um embrião, gerando gêmeos dizigóticos. Assim, a alternativa E, que afirma serem dizigóticos, de zigotos diferentes e cada um com sua placenta, é a mais adequada.
Análise das alternativas incorretas: A – Fecundação por dois espermatozoides (polispermia) geralmente resulta em anomalias (triploidia) e não origina gêmeos viáveis; também não explica a diferença sexual. B – “Embriões distintos” ok para dizigose, mas compartilhar a mesma placenta é característico de gêmeos monozigóticos; contraditório. C – Ser geneticamente idênticos e originados de um único óvulo/spermatozoide implicaria sexos iguais — impossível aqui. D – Afirma “univitelinos” (mono) e ao mesmo tempo diz que vieram de gametas com material genético distinto — contradição conceitual; univitelinos têm mesma origem genética.
Fontes para estudo: Sadler, Langman’s Medical Embryology; Gardner et al., Clinical Assisted Reproduction; diretrizes da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA).
Estratégia de prova: ao ver gêmeos de sexos diferentes, descarte imediatamente mono‑zigose; associe FIV à maior chance de múltiplos independentes (dizigose).
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