De acordo com a autora, a recomendação feita pelo documento oficial citado no texto 1 deve ser
revista, pois
Text 1
Bilingual Education for the 21st Century
Bilingual education in the 21st century must face the complexity brought about by the freer movement of people,
services, and goods that characterizes our more globalized and technological world. In the second half of the 20th
century, bilingual education grew around the world as a way to educate children who didn't speak the state's
language or, in some cases, to recapture the heritage language of a group. This in itself was an innovation over the
use of bilingual education only to educate the children of the elite.
In the 21st century, however, the complex and dynamic links created by technology and globalized markets, coupled
with the importance of English and other “big” languages, challenge our old conceptions of bilingual education.
UNESCO in 1953 declared that it was axiomatic that the child's native language be used to teach children to read, but
basic literacy, even in one's own language, is insufficient to be a world citizen in the 21st century.
It has been predicted that by 2050, English will be accompanied by Chinese, Arabic, Spanish and Urdu, as the world's
big languages, ordered not only with English at the top as it has been up to now, but with an increasing role for the
other four “big” languages. Countries throughout the world are providing options to their children to be schooled in two
or more languages. The European Union, for example, has recently adopted a policy of “Mother Tongue + 2”
encouraging schools throughout the EU to develop children's trilingual proficiency. For those purposes, a model of
teaching is being promoted that encourages the use of the languages other than the child's mother tongue in subject
instruction. Ofelia Garcia is Professor of Bilingual Education at Teachers College, Columbia University.
Disponível em:< http://www.educationupdate.com/archives/2004/december/html/Spot-BilingualEducationForThe21stCentury.htm>.
Gabarito comentado
Tema central e conceitos relevantes:
A questão avalia sua capacidade de interpretar um texto acadêmico sobre educação bilíngue e identificar críticas a recomendações tradicionais sobre o uso de línguas no ensino. Destaca-se aqui o papel da língua materna e o surgimento de uma visão mais ampla, que inclui a necessidade de formação bilíngue ou multilíngue para o cidadão do século XXI.
Justificativa da alternativa correta (B):
A autora, ao comentar a recomendação da UNESCO de 1953 (“axiomático que a língua materna seja usada para alfabetização”), sugere que esse conselho está defasado frente às exigências atuais. No texto, ela pontua que “basic literacy, even in one’s own language, is insufficient to be a world citizen in the 21st century”. Ou seja, apenas alfabetizar na língua materna não basta — é preciso considerar o papel da segunda língua ou de outras línguas no processo educacional contemporâneo. Isso reflete exatamente a alternativa B: “desconsidera o papel de uma segunda língua no processo de alfabetização”.
Em termos de estratégia de leitura, observar expressões como “however” e “insufficient” ajuda a identificar críticas e pontos de ruptura no argumento.
Análise das alternativas incorretas:
A – Incorreta. A recomendação da UNESCO favorece a língua materna, não a segunda língua.
C – Incorreta. O texto não menciona quantidade de conteúdo linguístico, mas o idioma de instrução.
D – Incorreta. O foco do texto está na alfabetização (leitura e escrita) na língua materna e não diminui o valor da escrita.
E – Incorreta. Como B está correta, essa opção não se sustenta.
Dicas e estratégia para provas: Sempre relacione as soluções propostas pelo texto às demandas do mundo atual. Fique atento à presença de conectores de oposição, como “however” e a expressões sobre insuficiência ou limitações, que geralmente indicam o foco da crítica do autor.
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