Os países industrializados capitalistas, no século XIX,
dominaram territórios e populações na África e na
Ásia, com o objetivo de ampliar os mercados
consumidores e explorar matérias-primas. Este
processo ficou conhecido como Imperialismo. Neste
mesmo período, foi possível verificar o
desenvolvimento de várias áreas da Ciência, uma vez
que
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa A
Tema central: O enunciado trata do imperialismo (fim do séc. XIX) e da relação entre expansão colonial e avanço científico. É importante entender que a ciência cresceu naquele período e muitos saberes foram apropriados para facilitar a dominação: cartografia, medicina tropical, botânica econômica, antropologia e engenharia deram suporte prático ao controle territorial e à exploração econômica.
Resumo teórico: O imperialismo europeu criou demanda por conhecimentos que reduzissem riscos e aumentassem lucros nas colônias. Estudos sobre doenças tropicais, plantas comerciais, mapas e tecnologias de transporte foram desenvolvidos ou adaptados para esse fim. Autores clássicos que discutem essa relação: Edward Said (Orientalism) — sobre saber e poder — e Eric Hobsbawm (The Age of Empire) — sobre o contexto econômico e político do imperialismo.
Por que a alternativa A está correta?
A afirma que "o trabalho de muitos estudiosos contribuiu para a construção de conhecimentos que ajudaram na dominação imperialista." Isso sintetiza bem a relação factual: a ciência gerou técnicas e saberes (medicina, cartografia, agronomia, etnografia) que facilitaram a penetração, administração e exploração colonial. Não se diz que todos os cientistas eram ideologicamente imperialistas, mas que seus resultados foram instrumentalizados pelo projeto imperial — leitura histórica amplamente aceita.
Análise das alternativas incorretas
B (cientistas se engajaram politicamente para denunciar o imperialismo): é uma generalização incorreta. Houve críticos, mas não foi o traço dominante do campo científico do período; a ciência institucional tendia a servir aos interesses das metrópoles.
C (exploração financiou pesquisas realizadas exclusivamente na Europa): "exclusivamente" é exagero. Muitas pesquisas ocorreram nos próprios territórios colonizados (estações científicas, expedições, coleções locais), mesmo que o financiamento e o controle fossem europeus.
D (a dominação impediu o trabalho científico de estudiosos nativos para favorecer a Ciência no Ocidente): também é absoluta. A dominação dificultou e cerceou muitos processos, mas não impediu totalmente o trabalho de intelectuais e saberes locais, que por vezes foram apropriados e incorporados às ciências ocidentais.
E (estudiosos aproveitaram o momento para evidenciar as contradições do imperialismo): existe esse tipo de atuação crítica, mas foi marginal no conjunto; a alternativa sugere que isso foi a regra, o que distorce a realidade histórica.
Dica de prova: procure termos absolutos ("sempre", "exclusivamente", "impediu") e compare com o quadro histórico geral: predominância de ciência a serviço do imperialismo, com exceções críticas.
Fontes sugeridas: Edward Said, Orientalism; Eric Hobsbawm, The Age of Empire (1875–1914); estudos sobre medicina tropical e história das ciências coloniais.
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