Questão a52948ab-c4
Prova:UEG 2018
Disciplina:Biologia
Assunto:Principais doenças endêmicas no Brasil, Qualidade de vida das populações humanas

A “ferida brava” ou “úlcera de Bauru” é uma zoonose de manifestações clínicas variadas, em expansão no Brasil, sendo o estado de Mato Grosso do Sul importante área endêmica. Avaliar a clínica, a epidemiologia e laboratorialmente pacientes é de extrema importância para o controle dessa doença.

Uma das características dessa doença é o aparecimento de feridas na pele e nas mucosas, cuja cicatrização é bastante difícil, podendo progredir para lesões mutilantes.


Essa doença é transmitida pela picada

A
da fêmea do flebótomo e conhecida como leishmaniose tegumentar americana.
B
do macho do mosquito birigui e conhecida como leishmaniose visceral americana.
C
da fêmea do mosquito Anopheles e conhecida como febre terçã benigna.
D
do macho do mosquito prego e conhecida como febre quartã benigna.
E
da fêmea do mosquito barbeiro e conhecida como doença de Chagas.

Gabarito comentado

C
Carla CerqueiraMonitor do Qconcursos

Alternativa correta: A

Tema central: trata-se de leishmaniose tegumentar americana (também chamada de ferida brava ou úlcera de Bauru), uma zoonose que provoca lesões cutâneas e mucosas de cicatrização difícil. Conhecimentos-chave: agente (protozoário do gênero Leishmania), vetor (flebótomos/sandflies), sinais clínicos e distinção entre vetores/insetos que transmitem outras doenças.

Resumo teórico: A leishmaniose tegumentar é transmitida pela picada da fêmea do flebótomo (inseto sandfly que requer sangue para maturação dos ovos). Clínica: úlceras cutâneas indolentes que podem ser mutilantes se não tratadas. Diagnóstico combina clínica, epidemiologia e exames laboratoriais (ex.: cultura, PCR, exame direto). Fontes: OMS; Ministério da Saúde (Brasil).

Por que A é correta: A alternativa identifica corretamente o vetor (fêmea do flebótomo) e o nome da doença (leishmaniose tegumentar americana). Termos locais como “ferida brava”/“úlcera de Bauru” são sinônimos populares para lesões cutâneas causadas por Leishmania em regiões endêmicas como Mato Grosso do Sul.

Análise das alternativas incorretas:

B — Errada: a leishmaniose visceral também é transmitida por flebótomos, não por “mosquito birigui”. Além disso, “mosquito birigui” não é o termo técnico; e a alternativa erra ao citar o macho (machos não sanguessugam) e confundir vetores.

C — Errada: Anopheles é o gênero transmissor da malária. A “febre terçã benigna” refere-se a malária por Plasmodium vivax, mas o transmissor é a fêmea do Anopheles — não flebótomos — então não se relaciona com “ferida brava”.

D — Errada: novamente confunde macho e fêmea; mosquitos machos não picam. “Febre quartã” é causada por Plasmodium malariae (também transmitido por Anopheles), não por um “mosquito prego” como vetor de úlceras cutâneas.

E — Errada: o “barbeiro” é um percevejo triatomíneo (kissing bug), vetor de Trypanosoma cruzi (Doença de Chagas), não um mosquito; além disso, a transmissão é diferente (fezes do inseto) e não causa as úlceras descritas.

Estratégia de prova: foque em palavras-chave do enunciado (“ferida brava”, “úlcera de Bauru”, lesões cutâneas/mucosas, região endêmica). Identifique o vetor correto (flebótomo) e lembre-se da regra biológica: apenas fêmeas de muitos insetos hematófagos picam. Elimine alternativas que citam machos ou confundem vetores entre doenças.

Referências: OMS – Leishmaniasis; Ministério da Saúde (Brasil) – Manual de Vigilância e Controle da Leishmaniose.

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