Para Guerra & Guerra, uma cordilheira
corresponde a:
“Grandes massas de relevo saliente,
produzidas pelo orogenismo. Da mesma
maneira que cadeia de montanhas ou serras, é
uma expressão usada geralmente nas
descrições da paisagem física de uma região,
na qual a parte técnica é um pouco descuidada.
Geralmente se compreendem as cordilheiras
como grandes cadeias de montanhas, ex.:
cordilheira dos Andes, Alpes, Atlas, Himalaia
etc.”
GUERRA, A. T & GUERRA, A. J. T. Dicionário
Geológico-Geomorfológico. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 1997, p. 162.
A origem das cordilheiras, ou seja, a
orogenia, deve-se fundamentalmente a que tipo
de processo geológico-geomorfológico?
Gabarito comentado
Resposta: Alternativa B — Dobramentos
Tema central: origem das cordilheiras (orogenia). A questão exige entender o processo geológico responsável pela formação de grandes cadeias montanhosas como Andes e Himalaias.
Resumo teórico: orogenia = conjunto de processos tectônicos que culminam na construção de cadeias de montanhas. Nas zonas de convergência entre placas litosféricas ocorrem esforços compressivos que deformam e espessam a crosta, produzindo dobramentos (fendas dobradas, metroscales a quilométricas), falhas associadas e empilhamentos por falhamento invertido e empurrões (thrusts). Exemplos clássicos: os Alpes e Himalaias são montanhas dobradas resultantes da colisão continental. (Fontes: Guerra & Guerra, 1997; Kearey, Klepeis & Vine, “Global Tectonics”).
Por que a alternativa B é correta: a definição de “cordilheira” remete a grandes massas elevadas formadas por orogenia, cujo mecanismo fundamental em grandes cadeias é a deformação por compressão — ou seja, dobramentos da crosta. Assim, “dobramentos” resume o processo principal.
Análise das alternativas incorretas:
A – Falhamentos: falhamentos geram deslocamentos crustais (blocos levantados ou rebaixados) e formam relevos como horsts e grabens, mas não explicam as longas cordilheiras dobradas típicas.
C – Erosão, deposição e sedimentação: são processos construtores/transformadores do relevo em escala superficial e pós-orogênica, não geram por si só grandes cadeias montanhosas.
D – Vulcanismo: forma cones e cadeias vulcânicas locais; embora algumas cordilheiras tenham atividade vulcânica associada (ex.: Andes), o vulcanismo não é o processo fundamental de formação da maioria das grandes cordilheiras dobradas.
E – Atividades sísmicas: sismos são manifestações de tensões tectônicas e acompanham a orogenia, mas são efeitos e não o processo causal principal para a construção de cordilheiras.
Dica de prova: ao ver palavras-chave como “origem”, “cordilheira” e “orogenia”, conecte mentalmente a processos de grande escala (convergência de placas → compressão → dobramentos). Elimine alternativas que descrevem efeitos, processos superficiais ou tipos locais de relevo.
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