Leia o texto para responder à questão.
Presenciamos um imperativo das exportações, presente no discurso e nas políticas do Estado e na lógica das empresas, que tem promovido uma verdadeira commoditização da economia e do território. A lógica das commodities não se caracteriza apenas por uma invenção econômico-financeira, entendida como um produto primário ou semielaborado, padronizado mundialmente, cujo preço é cotado nos mercados internacionais, em bolsas de mercadorias. Trata-se também de uma expressão política e geográfica, que resulta na exacerbação de especializações regionais produtivas.
(Samuel Frederico. Revista Geografia, 2012. Adaptado.)
Entre as implicações políticas e econômicas do processo de“commoditização do território", é correto indicar
Presenciamos um imperativo das exportações, presente no discurso e nas políticas do Estado e na lógica das empresas, que tem promovido uma verdadeira commoditização da economia e do território. A lógica das commodities não se caracteriza apenas por uma invenção econômico-financeira, entendida como um produto primário ou semielaborado, padronizado mundialmente, cujo preço é cotado nos mercados internacionais, em bolsas de mercadorias. Trata-se também de uma expressão política e geográfica, que resulta na exacerbação de especializações regionais produtivas.
(Samuel Frederico. Revista Geografia, 2012. Adaptado.)
Entre as implicações políticas e econômicas do processo de“commoditização do território", é correto indicar
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa A
Tema central: a questão trata da commoditização do território — processo em que regiões se especializam em produtos primários padronizados para exportação, com preços definidos em mercados internacionais. É tema recorrente em Geografia Econômica por suas implicações sociais, políticas e territoriais.
Resumo teórico: commodity é um bem primário ou semielaborado, padronizado e cotado em bolsas internacionais. Quando um território se orienta para a produção e exportação dessas mercadorias, surgem especializações regionais, economias em enclave, concentração fundiária e maior influência de empresas e mercados externos sobre decisões locais. Isso reduz a autonomia dos produtores e aumenta a vulnerabilidade das regiões a flutuações de preço e regulação externa (ver Samuel Frederico, 2012; estudos de geografia econômica e relatórios da FAO).
Por que a alternativa A é correta: ela expressa exatamente as consequências esperadas da commoditização — menor autonomia dos produtores locais (decisões de produção, preço e destino influenciadas por compradores e bolsas internacionais) e maior vulnerabilidade das regiões (suscetibilidade a crises, variação de preços e regras externas). Isso está alinhado ao enunciado que destaca a lógica política e geográfica da commodity.
Análise das alternativas incorretas:
B — apresenta o oposto: afirma fortalecimento local e menor vulnerabilidade; incompatível com a dependência gerada pela exportação de commodities.
C — associa maior autonomia e foco no mercado interno; errado porque a commoditização prioriza exportações e leva à orientação externa, não ao fortalecimento interno.
D — mistura menor autonomia com instabilidade por atendimento ao mercado interno; incoerente: a instabilidade decorre da dependência do mercado externo, não do interno.
E — sugere maior controle local sobre preços internacionais; irrealista: produtores locais raramente controlam preços globais de commodities, que são definidos por mercados e grandes agentes internacionais.
Estratégia para resolver questões semelhantes: destaque palavras-chave do enunciado (por exemplo, "commoditização", "exportações", "padronizado", "mercados internacionais") e relacione causas a efeitos típicos (dependência → perda de autonomia; exportação → vulnerabilidade). Elimine alternativas que invertam essas relações.
Referências: Samuel Frederico (2012); literatura sobre geografia econômica e relatórios da FAO sobre commodities e cadeias globais.
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