A tricromacia, em seres humanos, é possibilitada pela
Para nossos olhos, o mundo é organizado em
esplendor aparentemente infinito de cores, do
amarelo intenso do girassol ao cinza-escuro de uma
nuvem de chuva, do azul-claro do céu de inverno ao
verde sedutor de uma esmeralda. Por isso, a maioria
das pessoas se impressiona com qualquer cor
capaz de ser reproduzida pela mistura de apenas
três comprimentos de ondas luminosas. Essa
propriedade da visão humana, chamada tricromacia,
surge porque a retina — camada do olho formada
por células nervosas que captam a luz e transmitem
a informação visual para o cérebro — usa somente
três tipos de pigmentos para a visão em cores.
(JACOBS; NATHANS, 2009, p. 52).
Gabarito comentado
Alternativa correta: D
Tema central: a questão trata da base molecular da visão tricromática em humanos — por que conseguimos distinguir cores com apenas três tipos de receptores.
Resumo teórico sucinto: a retina humana possui três tipos de cones contendo fotopigmentos (opsinas + 11-cis-retinal). Cada fotopigmento tem sensibilidade máxima em regiões diferentes do espectro (curto/azul, médio/verde, longo/vermelho). Essas diferenças de sensibilidade decorrem da sequência de aminoácidos da opsina, que é codificada por sequências de DNA. Assim, variações genéticas determinam que cada tipo de cone absorva comprimentos de onda distintos — base da tricromacia (Jacobs & Nathans, 2009).
Justificativa da alternativa D: a alternativa afirma que existem sequências de DNA que determinam a produção de pigmentos capazes de absorver luz em regiões distintas do espectro. Isso descreve exatamente o mecanismo molecular: genes codificam opsinas com diferentes propriedades espectrais, permitindo três canais de cor. Portanto D é correta.
Análise das alternativas incorretas:
A: Fala em “pigmentos fotossintetizantes” — termo aplicado a clorofilas e carotenoides de plantas e algas, não aos fotopigmentos dos fotorreceptores. Errado conceitualmente.
B: Menciona alteração da posição dos olhos dentro das órbitas para captar espectro — isso refere-se a movimentação ocular, não à capacidade espectral dos receptores. Não explica tricromacia.
C: Afirma sensibilidade à “radiação ionizante” — fotorreceptores respondem à luz visível (fótons de baixa energia), não a radiação ionizante; além disso, radiação ionizante danifica tecidos. Portanto é falso.
E: Propõe “enzimas derivadas de fotopigmentos” formando conglomerados — fotopigmentos são proteínas (opsinas) associadas a um cromóforo, não enzimas que se agregam para criar percepção. Mecanismo incorreto.
Dica de interpretação para provas: procure palavras-chave: “pigmentos”, “absorver a luz”, “DNA/genes”. Desconfie de termos fora do contexto (fotossíntese, radiação ionizante, enzimas agregadas) — frequentemente são distractores com linguagem científica aparente.
Referência útil: Jacobs & Nathans (2009) — revisão sobre fotopigmentos e visão de cores.
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