Cientistas criam músculo artificial com linha de pesca.

      Usando linha de pesca, uma equipe de cientistas conseguiu criar um músculo artificial forte e barato, capaz de sustentar cem vezes mais peso do que um órgão humano de mesmo tamanho. A descoberta foi publicada no periódico Science. O músculo é produzido a partir da torção da linha e é ativado por mudanças de temperatura. Enquanto os músculos naturais se contraem em até aproximadamente 20%, as versões artificiais podem se contrair em até 50% de seu comprimento. Um conjunto desses músculos, configurados para funcionar de forma parecida com o tecido humano, é capaz de levantar quase uma tonelada. Uma única unidade, mais fina do que um fio de cabelo, pode ajudar a criar expressões mais humanas em rostos de robôs ou ajudar a criar movimentos mais completos para equipamentos de cirurgias robotizadas.

                                                                                                                                                            Revista Veja, 21/02/2014

Talvez num futuro essa descoberta possa auxiliar na recuperação da movimentação de pessoas e na regulação da atividade de vários órgãos que possuem musculatura associada como, por exemplo,

Alternativa correta: B

Tema central: distinção entre tipos de tecido muscular (liso, estriado esquelético e estriado cardíaco) e suas localizações/funções no organismo — conhecimento essencial em fisiologia para identificar onde uma “músculo artificial” poderia atuar na regulação de órgãos.

Resumo teórico progressivo:

Musculatura lisa: fibras não estriadas, involuntárias; presente em paredes de vasos sanguíneos, trato gastrointestinal (camadas musculares da parede), vias respiratórias, útero etc. Controla vasoconstrição/vasodilatação e motilidade visceral.

Musculatura estriada esquelética: fibras estriadas, voluntárias, ligadas ao esqueleto e responsáveis pela locomoção e postura; forma os músculos do sistema locomotor e esfíncteres voluntários quando presentes.

Musculatura estriada cardíaca: presente no miocárdio (músculo do coração), estriada e involuntária; o pericárdio é uma membrana envolvente, não tecido contrátil.

Fontes de referência: Guyton & Hall, Tratado de Fisiologia Médica; Tortora & Derrickson, Princípios de Anatomia e Fisiologia.

Por que a alternativa B é correta?

A alternativa B refere-se ao músculo liso que envolve vasos sanguíneos e é o principal responsável por vasoconstrição e vasodilatação — mecanismos centrais na regulação da pressão arterial. Como o enunciado fala em regulação da atividade de órgãos com musculatura associada, o músculo liso vascular é o exemplo direto e adequado.

Análise das alternativas incorretas:

A — Incorreta: o esfíncter pilórico é composto por músculo liso, não por músculo estriado esquelético.

C — Incorreta: as camadas circular e longitudinal do trato gastrointestinal são músculo liso, não “músculo estriado”; a função peristáltica está correta quanto ao movimento, mas a classificação do tecido está errada.

D — Incorreta: o músculo cardíaco é o miocárdio (músculo estriado cardíaco); o pericárdio é uma membrana que envolve o coração, não tecido muscular — logo a afirmação mistura termos e está equivocada.

E — Incorreta: os músculos que formam o sistema locomotor são músculos esqueléticos (estriados), não musculatura lisa; portanto a afirmação é falsa quanto ao tipo de tecido.

Estratégias para prova: ao ler alternativas, destaque mentalmente termos-chave (esfíncter pilórico, pericárdio, camadas circular/longitudinal, vasos sanguíneos) e associe-os imediatamente ao tipo de músculo correspondente. Desconfie de alternativas que misturam estruturas anatômicas (ex.: “músculo cardíaco que compõe o pericárdio”).

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