A Revista Brasileira de Epidemiologia publicou, no primeiro triênio de 2015, o artigo científico “Chikungunya no
Brasil: um desafio emergente”, dos pesquisadores Maria Rita Donalisio e André Ricardo Ribas Freitas. Os
autores descreveram que o Brasil tinha 828 casos de Chikungunya em outubro de 2014. Sobre a doença e seus
efeitos, tem-se o seguinte:
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa D.
Tema central: a questão exige conhecimento sobre Chikungunya — agente etiológico, sinais e sintomas, comparação com dengue e condutas gerais. É tema recorrente em saúde pública por seu impacto na qualidade de vida (artralgias crônicas) e por ser transmitido por Aedes spp.
Resumo teórico (claro e progressivo):
- Agente: o vírus da Chikungunya (CHIKV) é um alfavírus (família Togaviridae), distinto do vírus da dengue (Flavivirus).
- Transmissão: por Aedes aegypti e Aedes albopictus.
- Quadro clínico: febre abrupta, exantema, cefaleia e, principalmente, artralgias intensas e desabilitantes que podem persistir por meses/anos.
- Gravidade: mortalidade baixa; hospitalização só nos casos graves (complicações, idosos, comorbidades). Hemorragias severas não são característica típica da Chikungunya (contraste com formas graves da dengue).
Fontes: Organizações como a OMS e o Ministério da Saúde do Brasil trazem diretrizes e fichas técnicas sobre CHIKV e dengue.
Justificativa da alternativa correta (D):
A alternativa D afirma que os sintomas são semelhantes aos da dengue, exceto por apresentar dores articulares desabilitantes — isso está correto. Tanto dengue quanto chikungunya cursam com febre, cefaleia e exantema, mas a marca registrada da chikungunya são as artralgias severas e prolongadas que ajudam a diferenciá‑la clinicamente.
Análise das alternativas incorretas:
A — Incorreta: não há necessidade de imediata hospitalização na maioria dos casos; tratamento é de suporte domiciliar salvo complicações. Hospitalização é reservada a formas graves e populações vulneráveis.
B — Incorreta: hemorragias severas são relevância na dengue grave, não na chikungunya; portanto afirmar que são causa relevante de mortalidade em comum é falso.
C — Incorreta: CHIKV não é uma “variação mutante” dos sorotipos da dengue. São vírus de famílias diferentes com estruturas e genomas distintos.
Dica de interpretação / pegadinhas:
Procure palavras absolutas como “necessidade de imediata hospitalização” ou “variação mutante” — elas costumam sinalizar alternativas erradas. Foque nas diferenças clínicas clássicas: artralgias marcantes para chikungunya; hemorragias e choque mais associados à dengue grave.
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