Nomes vernáculos, como os das plantas citadas no texto, possibilitam uma comunicação de ordem prática, útil para
assuntos mais triviais. No entanto, esses nomes contêm níveis de subjetividade e imprecisão que limitam as práticas
científicas e tecnológicas.
Suponha que o autor do texto quisesse transmitir uma mensagem a um agrônomo estrangeiro fazendo uso das normas
da nomenclatura biológica.
Para isso, ele deveria se referir a duas das espécies do texto como
Leia o texto para responder à questão
Agroflorestas se espalham pelo país: cultivo sem desmatamento
À primeira vista, pode parecer uma mata crescendo sem interferência humana, tal a quantidade de árvores. Mas,
caminhando pela área, o visitante identifica a grande variedade de alimentos brotando de arbustos e das próprias
árvores. Limoeiros, açaizeiros, mangueiras, pés de acerola, cajueiros, bananeiras, laranjeiras e muito mais. Nada está
ali por acaso. Trata-se de uma agrofloresta, também chamada de sistema agroflorestal (SAF). Os SAFs são áreas em
que espécies com propriedades bem diferentes são plantadas misturadas — não raro, em meio à vegetação nativa.
“Quando me falaram, achei que era coisa de maluco. Plantar sem desmatar a floresta? Vai semear como?” — conta a
agricultora Marlene Assunção, de 52 anos, dona de uma propriedade no interior do RJ. — “Hoje eu entendo. As coisas
vão estar aqui para nossos netos. É menos egoísta.”
Os SAFs vêm ganhando relevância no país como uma alternativa que alia a produção de alimentos, necessária num
mundo de população crescente (seremos 8,5 bilhões de Homo sapiens em 2030, segundo estimativas da ONU) que
precisa manter os recursos naturais e, assim, frear as mudanças climáticas. A técnica preconiza que a agricultura pode
se beneficiar, e muito, de áreas intensamente arborizadas.
.
<https://tinyurl.com/yb8xauee> Acesso em: 06.03.2018. Adaptado.
Leia o texto para responder à questão
Agroflorestas se espalham pelo país: cultivo sem desmatamento
À primeira vista, pode parecer uma mata crescendo sem interferência humana, tal a quantidade de árvores. Mas, caminhando pela área, o visitante identifica a grande variedade de alimentos brotando de arbustos e das próprias árvores. Limoeiros, açaizeiros, mangueiras, pés de acerola, cajueiros, bananeiras, laranjeiras e muito mais. Nada está ali por acaso. Trata-se de uma agrofloresta, também chamada de sistema agroflorestal (SAF). Os SAFs são áreas em que espécies com propriedades bem diferentes são plantadas misturadas — não raro, em meio à vegetação nativa.
“Quando me falaram, achei que era coisa de maluco. Plantar sem desmatar a floresta? Vai semear como?” — conta a agricultora Marlene Assunção, de 52 anos, dona de uma propriedade no interior do RJ. — “Hoje eu entendo. As coisas vão estar aqui para nossos netos. É menos egoísta.”
Os SAFs vêm ganhando relevância no país como uma alternativa que alia a produção de alimentos, necessária num
mundo de população crescente (seremos 8,5 bilhões de Homo sapiens em 2030, segundo estimativas da ONU) que
precisa manter os recursos naturais e, assim, frear as mudanças climáticas. A técnica preconiza que a agricultura pode
se beneficiar, e muito, de áreas intensamente arborizadas.
Gabarito comentado
Alternativa correta: D
Tema central: Nome científico (nomenclatura binomial) — uso de nomes em latim para identificação precisa de espécies, seguindo o Código Internacional de Nomenclatura para algas, fungos e plantas (ICN).
Resumo teórico essencial: Regras básicas: o nome científico de uma planta tem dois termos em latim (gênero + epíteto específico). O gênero inicia com maiúscula; o epíteto é minúsculo. Ambos são itálicos. A autoridade (ex.: L. = Linnaeus) fica fora do itálico. Ex.: Mangifera indica L.
Por que D é correta: a alternativa D apresenta a forma binomial esperada para identificar cajueiros e mangueiras: nomes latinos compostos (gênero + epíteto) em itálico, com a abreviatura do autor (L.) fora do itálico. Isso elimina ambiguidades dos nomes vernáculos e segue o padrão do ICN.
Análise das alternativas incorretas:
A — Usa termos de nível taxonômico inadequado (Plantae = reino) e nomes genéricos inventados; não segue a forma binomial.
B — Inverte ordem e grafia errada; não respeita maiúsculas/minúsculas e não é nome latino válido.
C — Usa nomes comuns em inglês ("cashew Trees", "mango Trees"); imprecisos e ambíguos para comunicação científica.
E — Repete o mesmo elemento como gênero e epíteto (Anacardicum Anacardicum), o que não é uma construção válida; idem para Mangifera Mangifera.
Dica de prova: ao identificar a alternativa certa, procure a presença do padrão: Gênero (Maíuscula) + epíteto (minúsculo), ambos em itálico, e eventual autor fora do itálico. Isso quase sempre indica nomenclatura científica correta.
Fontes úteis: Código Internacional de Nomenclatura para algas, fungos e plantas (ICN) — regras sobre formação e apresentação de nomes científicos.
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!






