O país vive uma sangrenta guerra civil desde 2000
quando Bashar al-Assad assumiu o governo sucedendo
seu pai, que exerceu o poder por trinta anos, e manteve
o país em estado de emergência - com limitação das
liberdades civis. Sobre o conflito que envolve esse país,
é correto assinalar:
Gabarito comentado
Alternativa correta: A
Tema central: trata-se da Guerra Civil Síria e da repressão do regime de Bashar al‑Assad. Para resolver a questão é preciso conhecer a cronologia (Assad pai → Bashar em 2000; grandes protestos a partir de 2011) e os atores (oposição civil e armada, Estado sírio, curdos, grupos jihadistas, potências externas).
Resumo teórico: a Primavera Árabe (2010–2012) gerou protestos por reformas democráticas na Síria em 2011. O governo respondeu com repressão violenta; parte da oposição se armou e o conflito escalou para guerra civil, com intervenção de atores regionais e internacionais. Relatórios da Human Rights Watch e do Conselho de Direitos Humanos da ONU documentam prisões, torturas e rotulação de opositores como “terroristas”.
Por que A está correta: opositores inicialmente pediam maiores liberdades e reformas democráticas; a repressão estatal foi central para a militarização do conflito. O governo rotulou muitos manifestantes e grupos armados como terroristas para justificar operações e segurança interna — fato amplamente documentado por organizações internacionais (Human Rights Watch; UN HRC).
Por que B está errada: os curdos não são maioria na Síria (são minoria, cerca de 7–10%) e reivindicam autonomia no nordeste sírio (Rojava), não um Estado na Palestina. Aqui há confusão entre atores e territórios.
Por que C está errada: a guerra não “culminou com a retirada das tropas da Síria”. O regime de Assad permaneceu no poder com apoio russo e iraniano; intervenções internacionais atacaram grupos específicos (ISIS; ataques limitados por uso de armas químicas), mas não houve retirada geral das forças sírias nem um desfecho pacífico imediato.
Por que D está errada: não houve resolução da ONU que descreva “ilegalidade” da construção de um muro pela Síria para conter o EI; a alternativa mistura situações (por exemplo, o muro/barreira israelense na Cisjordânia é tema separado). A afirmação é falsa e imprecisa.
Dica de interpretação: verifique palavras-chave (majoritária/minoria; território reivindicado; cronologia) e desconfie de alternativas que misturam atores e lugares de conflitos diferentes.
Fontes úteis: relatórios da Human Rights Watch, UN Human Rights Council, perfis temáticos da BBC sobre a Síria.
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