Grande parte dos conflitos é provocada pela ação dos pela ação dos .
Na última segunda-feira (22/04/2013), quando se celebrou o Dia da Terra, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) lançou mais uma edição do relatório "Conflitos no Campo Brasil 2012". Assim como faz todos os anos, a CPT mapeou os conflitos por terra, despejos, briga por reintegração de posse, violações de direitos sofridas por povos e comunidades tradicionais em áreas visadas para execução de grandes obras e por trabalhadores/as da terra, e constatou um aumento geral da violência no campo no Brasil. De acordo com o relatório, houve um crescimento de 24% nos assassinatos em relação a 2011 (de 29 para 36), de 51% nas tentativas de assassinato (de 38 para 77) e de 11,2% no número de trabalhadores presos (de 89 para 99). Rondônia foi o estado em que mais se assassinou pessoas devido a disputas por terra com oito casos. Em seguida, vem o Pará (6) e em terceiro lugar o Rio de Janeiro (4).
Gabarito comentado
Alternativa correta: A — grileiros
Tema central: conflitos agrários no Brasil — violência e disputas por terras. É preciso conhecer atores do campo (quem ocupa, quem apropria ilegalmente, quem trabalha) e conceitos como "grilagem" para identificar a causa mais recorrente desses conflitos.
Resumo teórico e conceitos-chave: Grilagem é a apropriação ilegal de terras públicas (terras devolutas) ou alheias por meio de falsificação/uso de documentos fraudulentos, venda de lotes e expulsão de ocupantes. É apontada em relatórios (p.ex., Comissão Pastoral da Terra — CPT, Relatórios "Conflitos no Campo") como motor de violência no campo. Conheça também: posseiros (ocupantes, muitas vezes sem título), arrendatários (inquilinos que pagam pelo uso), parceiros (parceria agrícola) e boias-frias (trabalhadores rurais sazonais).
Justificativa da alternativa A: O enunciado fala de apropriação de terras e expulsão de antigos ocupantes — descrição típica da atuação de grileiros. Eles usam documentação falsa para regularizar posse indevida e comercializar lotes, gerando despejos, violência e litígios. Relatórios da CPT documentam esse padrão.
Análise das alternativas incorretas:
- B — Posseiros: geralmente são ocupantes que buscam regularizar terra ou produzir; em muitos casos são vítimas, não causadores principais da expulsão.
- C — Arrendatários: são locatários que pagam pelo uso; não têm poder nem interesse em criar documentação falsa para apropriação definitiva.
- D — Parceiros: regime de parceria agrícola envolve divisão de produção; não se caracterizam por expulsar antigos ocupantes.
- E — Boias-frias: trabalhadores sazonais; vulneráveis e sem poder para promover grilagem ou expulsões em larga escala.
Estratégia para provas: Busque termos do enunciado — "apropriam-se", "devolutas", "documentação falsa", "expulsam" — que apontam para grileiros. Diferencie papéis (autor vs. vítima) dos atores rurais.
Fontes úteis: Relatórios da Comissão Pastoral da Terra (CPT) sobre Conflitos no Campo; estudos sobre grilagem e Estatuto da Terra (Lei n.º 4.504/1964) e literatura acadêmica sobre reforma agrária.
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