“O tipo de colonização mercantilista e exploradora deixou marcas profundas nas sociedades latino-americanas.
Algumas dessas marcas permanecem até hoje. Como exemplo, podemos mencionar a utilização dos melhores solos
agrícolas para o cultivo de gêneros de exportação, ficando os piores para a produção dos alimentos consumidos
pelos próprios habitantes. Ou ainda a concentração da população predominantemente perto do litoral e dos portos
que davam acesso às metrópoles e que, hoje, dão acesso aos mercados estrangeiros.”
(VESENTINI, José W. & VLACH, Vânia. Geografia crítica, 7ª série. 3ª ed. São Paulo: Ática, 2007, p. 76. Adaptado.)
Outra dessas marcas sociais características da colonização de exploração nos países latino-americanos é
“O tipo de colonização mercantilista e exploradora deixou marcas profundas nas sociedades latino-americanas. Algumas dessas marcas permanecem até hoje. Como exemplo, podemos mencionar a utilização dos melhores solos agrícolas para o cultivo de gêneros de exportação, ficando os piores para a produção dos alimentos consumidos pelos próprios habitantes. Ou ainda a concentração da população predominantemente perto do litoral e dos portos que davam acesso às metrópoles e que, hoje, dão acesso aos mercados estrangeiros.”
(VESENTINI, José W. & VLACH, Vânia. Geografia crítica, 7ª série. 3ª ed. São Paulo: Ática, 2007, p. 76. Adaptado.)
Outra dessas marcas sociais características da colonização de exploração nos países latino-americanos é
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa D
Tema central: a questão trata das marcas sociais deixadas pela colonização mercantilista/exploratória na América Latina — especialmente a organização econômica voltada à exportação, a concentração da terra e da população e as desigualdades resultantes.
Resumo teórico: a colonização ibérica implantou um modelo exportador (mineração, plantations) que privilegiou produtos para mercados externos e estruturas sociais hierarquizadas (latifúndio, trabalho escravo). Isso gerou desenvolvimento desigual e dependência econômica, com regiões ricas em recursos voltadas ao comércio mundial e outras marginalizadas. Conceitos úteis: latifúndio, concentração fundiária, urbanização costeira, dependência (Cardoso & Faletto) e desigualdade estrutural (CEPAL/ECLAC).
Justificativa da alternativa D: a grande desigualdade social e econômica entre regiões é consequência direta do padrão colonial descrito: melhores solos e portos destinados à exportação, concentração de terras e investimentos em algumas áreas, enquanto outras ficam com estruturas precárias. Esse padrão histórico explica a persistência de disparidades regionais e socioeconômicas — exatamente o ponto destacado pelo enunciado.
Análise das alternativas incorretas:
A) Independência tecnológica — incorreta. O legado colonial favoreceu dependência tecnológica e importação de bens, não autonomia industrial ou tecnológica.
B) "Enorme concentração de terras em territórios e em reservas indígenas" — parcialmente enganosa. Há, de fato, concentração fundiária (latifúndios), mas a menção a “reservas indígenas” como local de concentração é inadequada: as reservas costumam ser parcelas reduzidas e muitas vezes resultado da expropriação, não expressão da lógica colonizadora original. A alternativa mistura ideia verdadeira (concentração fundiária) com termo equivocado, portanto não responde ao enunciado principal.
C) Elevação da natalidade causada por seca — incorreta e fora de contexto. Taxas de natalidade não são marca direta do modelo mercantilista; e a causalidade “seca → altas natalidades” é improcedente.
E) Imperialismo norte‑americano sobre “suas colônias latino‑americanas” — incorreta: os países latino‑americanos foram colonizados por Espanha e Portugal; a influência norte‑americana no continente é real (intervenções, neocolonialismo), mas a frase afirma equivocadamente que eram colônias dos EUA. Assim, não corresponde ao tipo de colonização mercantilista referido.
Dicas de prova: procure palavras‑chave (p.ex. “marcas sociais”, “mercantilista/exploratória”), avalie correspondência temporal (colonização ibérica) e evite alternativas que misturam parcialmente verdades com afirmações imprecisas.
Fontes sugeridas: Vesentini & Vlach (Geografia Crítica), Cardoso & Faletto (Dependency and Development in Latin America), publicações da CEPAL sobre desigualdade regional.
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