A construção do Grande Canal Interoceânico, na Nicarágua, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico, promete ser a maior rede de transporte hidroviário do hemisfério ocidental e poderá desafiar o controle dos EUA sobre a região. A nova hidrovia irá se estender por 286 km, contra os atuais 81,5 km do Canal do Panamá. A principal vantagem da rota é sua largura de 83 metros e a profundidade de 27,5 m, o que permitirá a navegação de embarcações de classe superpesada, com porte de até 270 mil toneladas.
(Folha de S.Paulo, 2.07.2014)
A construção do canal é um projeto conjunto entre Nicarágua, Rússia e
(Folha de S.Paulo, 2.07.2014)
A construção do canal é um projeto conjunto entre Nicarágua, Rússia e
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa B — China
Tema central: trata-se de Geografia Econômica aplicada à geopolítica de infraestrutura — ou seja, como grandes obras de transporte (como canais interoceânicos) envolvem investimentos internacionais e alteram fluxos comerciais e influência regional.
Resumo teórico: obras de infraestrutura estratégica (portos, canais, ferrovias) atraem investimentos externos. Países com grande capacidade de financiamento e expansão comercial (como a China) costumam financiar projetos que ampliem rotas de comércio e garantam acesso a mercados e matérias‑primas. Para concursos, relacione conceitos: fluxos comerciais, investimento estrangeiro direto (IED) e geopolítica regional.
Justificativa da alternativa B: na proposta real do Grande Canal da Nicarágua (anunciada em 2013–2014), o principal financiador e investidor identificado foi um grupo ligado à China (HKND, liderado por Wang Jing), com promessas de grande aporte financeiro para construir e controlar a obra. Assim, a China seria o país com maior investimento financeiro no projeto — daí a alternativa B ser correta. (Ver: Folha de S.Paulo, BBC, The New York Times — reportagens de 2014–2015 sobre o projeto).
Análise das alternativas incorretas:
- A — Cuba: não idealizou nem financiou o projeto; Cuba não dispunha de recursos e não tinha liderança na obra.
- C — Venezuela: apesar de laços com Nicarágua, sua participação não foi a de principal financiador; além disso, o lucro da Venezuela não seria a motivação direta citada na proposta.
- D — EUA: contrariamente à alternativa, os EUA não colaboraram com recursos para um projeto que potencialmente reduziria sua influência regional; há até resistências políticas.
- E — Alemanha: não há registro de a Alemanha financiar ou liderar esse tipo de projeto na Nicarágua para reduzir custos de suas exportações à Ásia.
Dica para provas: identifique no enunciado quem tem capacidade financeira e interesse geopolítico em obras desse porte. Lembre-se dos atores reais ligados ao caso (HKND / investidor chinês) para evitar as “pegadinhas” das alternativas.
Fontes resumidas: reportagens da imprensa internacional (BBC, The New York Times) e Folha de S.Paulo — cobertura do projeto do Canal da Nicarágua em 2014.
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