Leia a notícia abaixo, que relaciona açúcar e vitaminas, para a próxima questão:

    Uma verdadeira batalha está sendo travada contra o açúcar. A Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê reduzir a quantidade do consumo desse ingrediente pela metade. Até agora, ele poderia corresponder a 10% das calorias ingeridas. Na nova orientação, esse número cai para 5%. De anos para cá, pesquisas concluíram que a gordura não é a principal vilã da alimentação e responsável pela obesidade. Na verdade, a gordura pode ser benéfica, e ela é necessária para a síntese de diversas vitaminas e minerais. O que causa a obesidade e outras doenças é, na verdade, o excesso de calorias, geralmente vindo do açúcar que consumimos. Além disso, o açúcar dilui e anula a ação dessas vitaminas, fibras e minerais.

(vilamulher.com.br, acesso em 03/03/2015) 

O excesso de açúcar na alimentação preocupa a classe médica uma vez que pode se relacionar a:

Resposta correta: Alternativa B — diabete e obesidade.

Tema central: a questão trata dos efeitos do consumo excessivo de açúcar sobre a saúde. É necessário saber como o excesso calórico e a qualidade dos carboidratos influenciam o metabolismo, levando a ganho de peso e a alterações na resistência à insulina que podem evoluir para diabetes tipo 2.

Resumo teórico (claro e progressivo):

• Excesso calórico: calorias em excesso são armazenadas como gordura — principal causa da obesidade.
• Açúcares simples: aumentam rapidamente a glicemia e o estímulo de insulina; consumo crônico favorece resistência insulínica.
• Resistência insulínica + sobrecarga das células beta pancreáticas → risco aumentado de desenvolver diabetes mellitus tipo 2.
• Organizações como a OMS recomendam redução do consumo de açúcares livres (diretriz de 2015: less than 10%, ideally below 5% of total energy intake), justamente para prevenir obesidade e doenças metabólicas.

Justificativa da alternativa B: o consumo excessivo de açúcar contribui diretamente para aporte calórico elevado (levando à obesidade) e, metabolicamente, para resistência insulínica e disfunção das células beta — condições que estão na base da maior parte dos casos de diabetes tipo 2. Portanto, “diabete e obesidade” são consequências logicamente relacionadas ao excesso de açúcar.

Análise das alternativas incorretas:

• A — obesidade e câncer de mama: a obesidade é plausível, mas o câncer de mama não é efeito direto do açúcar; a relação é indireta e multifatorial (obesidade pode aumentar risco, mas açúcar isolado não é causa comprovada).
• C — anemia falciforme e diabete: anemia falciforme é uma doença genética (mutação no gene da hemoglobina), sem relação causal com ingestão de açúcar.
• D — nanismo e câncer de pele: nanismo tem causas genéticas/hormonais; câncer de pele está ligado principalmente à radiação UV — não são consequências típicas do excesso de açúcar.
• E — cegueira noturna e anemia ferropriva: cegueira noturna decorre de deficiência de vitamina A; anemia ferropriva resulta da falta de ferro — embora dietas ricas em calorias vazias possam contribuir indiretamente por deslocarem alimentos nutritivos, não são causas diretas como as doenças metabólicas citadas na alternativa B.

Dica de interpretação: em questões que ligam dieta a doenças, diferencie efeitos metabólicos diretos (obesidade, resistência insulínica, diabetes) de condições genéticas ou por deficiência específica de micronutrientes; isso evita “pegadinhas”.

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