Para que um velocista (atleta corredor de 100 metros) e um maratonista (atleta que chega a correr 10 km) tenham um bom desempenho em suas competições, é necessário que a fonte de energia para atividade muscular seja adequada.

As células musculares esqueléticas do velocista e do maratonista utilizam como fonte de energia, respectivamente: 

Alternativa correta: B

Tema central: sistemas de fornecimento de energia ao músculo esquelético. Entender quais fontes (reservas imediatas, fosfocreatina, glicólise anaeróbia ou respiração aeróbia) predominam em esforços de curta duração e alta intensidade versus esforços prolongados é essencial para resolver a questão.

Resumo teórico:

- Reserva imediata de ATP: disponível nos primeiros segundos de contração (energia imediata).

- Fosfocreatinina (PCr): doa fosfato para repor ATP rapidamente; sustenta esforço muito curto (~5–10 s).

- Glicólise anaeróbia: fornece energia para esforços de intensidade alta por dezenas de segundos a alguns minutos, produz lactato.

- Sistema aeróbio (fosforilação oxidativa): domina em exercícios de baixa-média intensidade e longa duração (minutos a horas), usando glicogênio e lipídios com O2 (McArdle et al., Guyton & Hall).

Por que B é correta:

Um velocista nos primeiros segundos utiliza prioritariamente a reserva imediata de ATP (iniciando a corrida com ATP já disponível); logo após, entra a contribuição da PCr e da glicólise anaeróbia, mas a resposta pedida associa o esforço de altíssima intensidade e curtíssima duração ao uso imediato de ATP. Já um maratonista (esforço prolongado, quilômetros) depende majoritariamente do sistema aeróbio para manter a contração muscular por longos períodos. Referências: McArdle, Katch & Katch — Exercise Physiology; Guyton & Hall — Fisiologia.

Análise das outras alternativas:

A — incorreta: mistura correta para o velocista (reserva de ATP), mas erra ao indicar que o maratonista usa fosfocreatinina; PCr é para esforços muito curtos, não para corrida de longa distância.

C — incorreta: inverte os perfis; velocista não depende predominantemente do sistema aeróbio em 100 m.

D — incorreta: também inverte os perfis (coloca sistema aeróbio no velocista e reserva de ATP no maratonista), o que não condiz com as demandas temporais e metabólicas.

Dica de prova: associe sempre duração/intensidade do exercício às janelas temporais dos sistemas energéticos — curtíssimo = ATP/PCr; curto-intenso = glicólise anaeróbia; prolongado = aeróbio. Isso evita pegadinhas que invertem perfis.

Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!