Durante uma corrida, um atleta sofreu uma lesão na musculatura esquelética. Com relação ao reparo deste tecido,
assinale a alternativa correta.
Gabarito comentado
Resposta: Alternativa A
Tema central: reparo da musculatura esquelética — importante em lesões esportivas e concursos por envolver regeneração celular, células-tronco locais e formação de cicatriz.
Resumo teórico: Fibras musculares esqueléticas maduras são terminalmente diferenciadas e não realizam mitose. A regeneração depende de células satélites (stem cells musculares), localizadas entre a lâmina basal e o sarcolema. Após lesão, essas células ativam‑se, proliferam, diferenciam‑se e fundem‑se a fibras existentes ou entre si para formar novas miotubos — desde que a lâmina basal esteja preservada. Se a lesão for extensa e destruir a arquitetura, predominam fibroblastos e deposição de matriz extracelular, levando à cicatriz (fibrose). (Fontes: Junqueira & Carneiro — Histologia; Chargé & Rudnicki, review sobre satellite cells).
Por que A está correta: Afirma que a musculatura esquelética tem capacidade limitada de regeneração e que essa regeneração depende de células satélites — exatamente o que descreve a literatura especializada.
Por que as outras estão erradas:
- B — incorreta: diz que a mitose das fibras pré‑existentes permite regeneração. Fibras maduras não entram em mitose; regeneração ocorre via células satélites, não divisão das fibras.
- C — incorreta: associa alta capacidade regenerativa às células do tecido conjuntivo. Na realidade, fibroblastos do tecido conjuntivo contribuem à cicatriz, não à regeneração funcional das fibras.
- D — incorreta: nega qualquer capacidade de regeneração. Na prática há capacidade limitada mediada por células satélites; nem toda lesão termina em cicatriz, depende da extensão e preservação da lâmina basal.
Dica de interpretação: ao ver termos como “mitose das fibras” ou “nenhuma capacidade”, acenda o sinal de alerta — conheça que fibras esqueléticas são pós‑mitóticas e que existem células satélites responsáveis pela regeneração.
Referências rápidas: Junqueira & Carneiro (Histologia), Guyton & Hall (Fisiologia), Chargé & Rudnicki (2004) sobre satellite cells.
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