Atualmente, a China é uma grande parceira comercial do Brasil. No entanto, apontam-se alguns problemas no intercâmbio entre os dois
países. Um dos problemas é que nosso país exporta
Gabarito comentado
Alternativa correta: C
Tema central: relações comerciais Brasil–China e a estrutura das exportações brasileiras. A questão trata da dependência de commodities (bens primários/semielaborados de baixo valor agregado) e da contraposição com importações de bens manufaturados, o que pode favorecer a desindustrialização.
Resumo teórico: commodities são produtos básicos (soja, minério de ferro, petróleo, carnes) cuja cadeia produtiva agrega pouco valor unitário. Economias dependentes de exportação primária ficam vulneráveis a variações nos preços internacionais e têm dificuldades de subir na cadeia global de valor. Teorias e relatórios relevantes: tese Prebisch‑Singer (vulnerabilidade dos termos de troca), UNCTAD e relatórios do IBGE/Ministério da Economia sobre estrutura exportadora brasileira.
Por que C é correta: a alternativa sintetiza o diagnóstico mais aceito: o Brasil exporta majoritariamente commodities com baixo valor agregado e importa bens manufaturados chineses (e de outros países) que competem com a indústria nacional. Esse padrão explica pressões sobre a indústria e riscos de perda de capacidade produtiva — justamente o que se chama, em termos analíticos, de risco de desindustrialização.
Análise das alternativas incorretas:
A — incorreta: mistura produtos (urânio e cobre não são as principais exportações brasileiras) e afirma que importamos tecnologia para transgênicos da China; a relação não é representativa nem determinante do déficit comercial como colocado.
B — parcialmente verdadeira (exportamos soja e carne), mas afirma que importamos aviões e implementos agrícolas de alto valor agregado como padrão. Aviões (Embraer) são indústria brasileira e não importação típica da China; a alternativa perde foco ao não ressaltar o caráter genérico das commodities versus bens manufaturados.
D — incorreta: carvão e xisto betuminoso não representam o núcleo das exportações brasileiras; além disso, o destaque a “xisto betuminoso” é inoportuno e raro no comércio exterior do Brasil.
E — incorreta: exportamos café, mas classificar como “bens de consumo não duráveis, como café solúvel” é reduzido e não capta o padrão exportador amplo. Importações em pharma/infomática existem, mas não explicam a questão estrutural apontada na alternativa correta.
Dica para provas: foque nas palavras-chave (commodities, baixo valor agregado, desindustrialização). Desconfie de alternativas muito específicas ou com produtos atípicos para o Brasil. Compare o sentido geral da frase com dados macroeconômicos (IBGE, MDIC, UNCTAD).
Fontes sugeridas: UNCTAD Trade and Development Reports; IBGE — estatísticas de comércio exterior; relatórios do Ministério da Economia/Comex.
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