Questão 73e2a225-b1
Prova:FATEC 2019
Disciplina:Biologia
Assunto:Identidade dos seres vivos, Protistas e algas

A leishmaniose é uma doença não contagiosa, causada por parasitas, que são transmitidos por vetores hematófagos, conhecidos por mosquito-palha ou birigui. O vetor se contamina com o sangue de pessoas e de animais doentes, principalmente cães, e transmite o parasita às pessoas e animais sadios.
Existem dois tipos de leishmaniose, a tegumentar (conhecida como úlcera de bauru) e a visceral (conhecida como calazar), capazes de causar sérios danos às pessoas afetadas.
A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele e nas mucosas das vias aéreas superiores.
A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea.
Atualmente, existem cerca de 12 milhões de pessoas infectadas por leishmaniose em 88 países. Um deles é o Brasil, o mais afetado ao lado da Índia, Etiópia e Sudão. A doença está entre as mais negligenciadas no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), atingindo em sua maioria, as populações mais pobres.
<https://tinyurl.com/y3elt26u> Acesso em: 17.06.2019. Adaptado

Em relação a essa doença, é correto que

A
pode apresentar, em alguns casos, picos de febre alta, entre 39ºC e 40ºC, que coincidem com a ruptura de órgãos afetados e a consequente liberação de novos vírus no sangue.
B
pode ser prevenida evitando a proliferação dos transmissores, usando mosquiteiros ao redor das camas e telas nas portas e janelas.
C
é causada por bactérias que atacam células do sangue (hemácias) e órgãos, como o fígado, o baço e a medula vermelha dos ossos.
D
é transmitida pela ingestão de água e alimentos contaminados com cistos dos agentes etiológicos.
E
caracteriza-se por ser uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Trypanosoma.

Gabarito comentado

C
Carla CerqueiraMonitor do Qconcursos

Alternativa correta: B

Tema central: Leishmaniose — doença infecciosa causada por protozoários do gênero Leishmania, transmitida por flebótomos (mosquito‑palha/birigui). Conhecer agente etiológico, forma de transmissão, tipos clínicos (tegumentar e visceral) e medidas de prevenção é essencial para resolver a questão.

Resumo teórico e fontes: A leishmaniose tem duas formas principais: cutânea/tegumentar (lesões de pele e mucosas) e visceral (calazar — acometimento sistêmico: fígado, baço, medula óssea, anemia). O vetor são flebótomos (Phlebotominae). Reservatório importante: cães. Medidas preventivas incluem controle do vetor (rede, telas finas, repelentes, manejo ambiental) e controle de reservatórios. (Fontes: OMS — World Health Organization; Ministério da Saúde do Brasil — Guia/Manuais de Vigilância).

Por que B está correta? A alternativa fala em prevenção evitando proliferação dos transmissores usando mosquiteiros e telas. Essas são medidas coerentes com o controle de vetores hematófagos: mosquiteiros (preferencialmente com inseticida quando recomendado) e telas em portas/janelas reduzem contato humano com flebótomos, diminuindo transmissão. Logo, a resposta B descreve corretamente medidas de prevenção.

Análise das alternativas incorretas

A — Errada: Menciona “ruptura de órgãos” e “liberação de novos vírus”. Leishmaniose é causada por protozoários, não por vírus; a descrição mecanicista está equivocada.

C — Errada: Afirma que é causada por bactérias que atacam hemácias. Novamente, agente correto: protozoários do gênero Leishmania. Há anemia na forma visceral, mas não por ataque bacteriano às hemácias.

D — Errada: Transmissão por ingestão de água/alimentos com cistos é típica de protozoários entéricos (ex.: Giardia, Entamoeba). Leishmaniose requer vetor flebótomo — não é transmitida pela via fecal‑oral.

E — Errada: Cita Trypanosoma. Embora ambos pertençam à ordem Trypanosomatida, o agente da leishmaniose pertence ao gênero Leishmania, não Trypanosoma (que causa outras doenças, ex.: doença de Chagas, doença do sono).

Dica de interpretação: Procure termos-chave: agente (vírus/bactéria/protozoário), forma de transmissão (vetor vs ingestão), e medidas preventivas coerentes com o ciclo. Desconfie de alternativas que trocam o tipo de agente ou a via de transmissão — são as pegadinhas mais comuns.

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