Um paciente infectado com o vírus da dengue pode
vir a falecer por hemorragia e choque hipovolêmico. Por
isso, é necessário acompanhar a evolução dessa doença
realizando avaliações periódicas no sangue, através da
quantificação de hemácias e de
Gabarito comentado
Alternativa correta: A - plaquetas
Tema central: monitorização laboratorial na dengue — prevenir hemorragia e choque por acompanhar parâmetros hematológicos que indicam risco de sangramento e de hemoconcentração.
Resumo teórico: na dengue grave há duas alterações cruciais: quedas acentuadas de plaquetas (trombocitopenia), que aumentam o risco de sangramento; e aumento do hematócrito por extravasamento de plasma (plasma leakage), sinal de risco de choque hipovolêmico. Por isso os exames de rotina são contagem de hemácias/hematócrito e contagem de plaquetas. (WHO Dengue Guidelines, 2009; Ministério da Saúde — manual de dengue).
Por que a alternativa A é correta: plaquetas são as células responsáveis pela coagulação inicial e manutenção da hemostasia. Na dengue a destruição indireta e a diminuição da produção levam à trombocitopenia; valores baixos orientam condutas como internação, reposição de líquidos e, em casos extremos, transfusão de plaquetas. Logo, acompanhar plaquetas é essencial para prevenir hemorragia.
Análise das alternativas incorretas:
B — neutrófilos: neutropenia pode ocorrer em infecções virais, mas neutrófilos não são o principal marcador de risco de hemorragia/choque na dengue.
C — basófilos: basófilos participam de respostas alérgicas e são raros no sangue; não são relevantes para avaliar risco hemorrágico na dengue.
D — albumina: albumina sérica reflete proteínas plasmáticas; sua baixa pode ocorrer em extravasamento, mas não é o exame de escolha para monitorar risco imediato de sangramento/choque — hematócrito e plaquetas são mais sensíveis e práticos.
Dica de interpretação: em enunciados que citam hemorragia/choque pense primeiro em componentes da coagulação e volume intravascular — plaquetas e hematócrito/hemácias são prioridades. Desconfie de alternativas que indicam células com função imune específica (neutrófilos, basófilos) ou proteínas que não mudam rapidamente no quadro agudo (albumina).
Fontes: WHO Dengue Guidelines (2009); Ministério da Saúde — Diagnóstico e Manejo Clínico da Dengue.
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