Para Euclides da Cunha, autor do clássico Os Sertões, Canudos, a “Tróia de Taipa”, teve como raízes “as grandes
concessões de sesmarias, definidoras da feição mais durável do nosso feudalismo tacanho [...] dilatados latifúndios [...]
avassalando a terra.”
Sobre Canudos, analise as afirmativas.
I - Canudos gerou um adensamento populacional numa região predominantemente rural, incomodou os fazendeiros
locais que tinham sua oferta de mão-de-obra diminuída e seu poder político ameaçado.
II - A referência a Tróia, tal como verificado no texto clássico de Euclides da Cunha, deve-se ao fato de Antonio
Conselheiro, tal como Paris o herói grego, ter resistido bravamente às incursões dos fazendeiros locais na tentativa
de retomar a posse das terras ocupadas pelos sertanejos.
III - O conflito denominado Guerra de Canudos pode ser caracterizado como uma questão de posse da terra. Antonio
Conselheiro, herdeiro de uma grande concessão de terras no interior da Bahia, desenvolveu um projeto de ocupação
original e provocou a ira de seus adversários políticos.
IV - A melhor compreensão do episódio da Guerra de Canudos implica considerar a estrutura fundiária concentradora
de terras que persiste historicamente no Nordeste brasileiro, as condições de miserabilidade a que estava sujeita a
população sertaneja e a ausência do Estado nessas regiões interioranas deixando a população sujeita às vicissitudes
dos grandes proprietários locais.
Estão corretas as afirmativas
Leia os textos a seguir:
TEXTO I
Ao analisar as produções da época de Canudos e o Relatório do Comitê Patriótico da Bahia (1897-1901) que avalia a
situação de Canudos pós-guerra, Sérgio Guerra faz o seguinte comentário:
“Observe-se que há um apelo à caridade na medida em que enfatiza a divisão e venda das crianças como animais,
inclusive para pessoas desqualificadas para tal função, destaca a existência de maus tratos e denúncia de escravidão
quando inquirido pelo tesoureiro do Comitê, enfatizando que existe a venda de menores [...] Ora, diante disso o Comitê
andou correto, procurando salvar esta gente e dar aos menores, educação que os habilitasse a serem futuros cidadãos da
República, amando-a e não odiando-a”.
(Disponível em www.portfolium.com.br/canudos.htm. Acesso em 17/07/06.)
TEXTO II
Comentando a obra Os Sertões de Euclides da Cunha, José Carlos V. Santana chama a atenção para a forma como são
descritos a natureza e o sertanejo:
“Vários retornos são feitos à questão climática e à “urdidura geológica da terra”, para que finalmente se possa tomar
conhecimento do sertanejo como “perfeita tradução moral dos agentes físicos de sua terra”. “É inconstante como ela, é
natural que o seja. Viver é adaptar-se. Ela o adaptou à sua imagem: bárbaro, impetuoso, abrupto ...” [...] Os componentes
das forças militares mostravam-se amedrontados diante do desconhecido da terra que nunca tinham visto.”
(Disponível em www.portfolium.com.br/canudos.htm. Acesso em 17/07/06.)
Leia os textos a seguir:
TEXTO I
Ao analisar as produções da época de Canudos e o Relatório do Comitê Patriótico da Bahia (1897-1901) que avalia a situação de Canudos pós-guerra, Sérgio Guerra faz o seguinte comentário: “Observe-se que há um apelo à caridade na medida em que enfatiza a divisão e venda das crianças como animais, inclusive para pessoas desqualificadas para tal função, destaca a existência de maus tratos e denúncia de escravidão quando inquirido pelo tesoureiro do Comitê, enfatizando que existe a venda de menores [...] Ora, diante disso o Comitê andou correto, procurando salvar esta gente e dar aos menores, educação que os habilitasse a serem futuros cidadãos da República, amando-a e não odiando-a”.
(Disponível em www.portfolium.com.br/canudos.htm. Acesso em 17/07/06.)
TEXTO II
Comentando a obra Os Sertões de Euclides da Cunha, José Carlos V. Santana chama a atenção para a forma como são descritos a natureza e o sertanejo: “Vários retornos são feitos à questão climática e à “urdidura geológica da terra”, para que finalmente se possa tomar conhecimento do sertanejo como “perfeita tradução moral dos agentes físicos de sua terra”. “É inconstante como ela, é natural que o seja. Viver é adaptar-se. Ela o adaptou à sua imagem: bárbaro, impetuoso, abrupto ...” [...] Os componentes das forças militares mostravam-se amedrontados diante do desconhecido da terra que nunca tinham visto.”
(Disponível em www.portfolium.com.br/canudos.htm. Acesso em 17/07/06.)