Considere o texto sobre a dinâmica demográfica no Brasil.

Um aspecto demográfico da população brasileira que vem se tornando cada vez mais preocupante é o aumento das mortes por causas violentas, como assassinatos e acidentes automobilísticos decorrentes de excesso de velocidade, imprudência ou uso de drogas. Isso provoca impactos negativos na distribuição da população. Segundo o IBGE, se não ocorressem mortes prematuras da população masculina, a esperança de vida média dos brasileiros seria maior em dois ou três anos.

MOREIRA, J.; SENE, E. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2017, p. 163. Adaptado.

Um impacto negativo decorrente do aspecto demográfico comentado é

Alternativa correta: D — a desproporção quantitativa entre os sexos

Tema central: dinâmica demográfica — mortalidade por causas violentas e seus efeitos na estrutura populacional. A questão exige reconhecer que mortes prematuras, principalmente entre homens jovens, alteram a composição por sexo e faixas etárias, afetando indicadores como esperança de vida e razão de sexo.

Resumo teórico (sintético): indicadores demográficos relevantes: taxa de mortalidade (geral e por causa), expectativa de vida ao nascer e razão/sexo. Mortes violentas concentram-se em adultos jovens do sexo masculino; isso reduz a expectativa de vida masculina e provoca menos homens em determinadas idades, gerando desproporção entre os sexos. Fontes: IBGE; Moreira & Sene, Geografia Geral e do Brasil (2017).

Justificativa da alternativa D: o enunciado afirma que mortes prematuras masculinas diminuem a esperança de vida e são causadas por assassinatos, acidentes e uso de drogas — fenômenos que atingem majoritariamente homens jovens. Essa perda seletiva cria um déficit masculino relativo, isto é, uma desproporção quantitativa entre homens e mulheres nas coortes afetadas. Portanto D é a consequência direta mencionada.

Análise das alternativas incorretas:

A — diminuição do índice de fecundidade: fecundidade refere-se a nascimentos por mulher; mortes violentas de homens não reduzem diretamente a taxa de fecundidade nacional (pelo menos não como efeito imediato e primário), logo A é inadequada.

B — elevação da expectativa média de vida: o texto indica o oposto: se não houvesse mortes prematuras masculinas, a esperança de vida seria maior em 2–3 anos. Mortes violentas reduzem a expectativa de vida, portanto B está errada.

C — aumento da taxa de mortalidade infantil: mortes por violência citadas não se concentram em crianças; são, em grande parte, de adultos jovens. Assim, não explicam aumento da mortalidade infantil, logo C é incorreta.

Dica de prova: ao ler o enunciado, sublinhe termos-chave (“mortes prematuras”, “população masculina”, “esperança de vida maior em 2–3 anos”) — isso aponta para efeitos sobre sexo e idade. Relacione rapidamente causa (mortes violentas) → grupo mais afetado (homens jovens) → consequência (desequilíbrio na composição por sexo).

Referências rápidas: IBGE — estatísticas de mortalidade; MOREIRA, J.; SENE, E. Geografia Geral e do Brasil (2017).

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