Questão 6f32c034-34
Prova:PUC-GO 2015
Disciplina:Inglês
Assunto:Interpretação de texto | Reading comprehension

    In Text 8, the expression “Ao vencedor as batatas" is similar in meaning to the English expression “To the victor belong the spoils". Published originally only four years after the official end of slavery in Brazil, when we consider the last part of the excerpt from Quincas Borba, “Tão certo é que a paisagem depende do ponto de vista, e que o melhor modo de apreciar o chicote é ter-lhe o cabo na mão", we note a sociopolitical undertone to the text.

    Reflecting upon the idea that we understand literature through society, and society through its literature, which of the texts below gives us a similar window on the historical moment of slavery throughout the Americas?

I - “There was much activity in the year – men unhitching horses, curious children scurrying about, Romero assigning quarters to the new slaves [...] Never known for patience, Romero snatched his whip and swung it overhead. But his hand froze in midair, the whip swinging impotently in the morning breeze" (Llanos-Figueroa, Dahlma. Daughters of the stone. New York: St. Martin's Press, 2009. p. 6.).

II - “They unhitched from schoolteacher's horse the borrowed mule that was to carry the fugitive woman back to where she belonged, and tied it to the fence […] All testimony to the results of a little so-called freedom imposed on people who needed every care and guidance in the world to keep them from the cannibal life they preferred" (Morrison, Toni. Beloved. New York: Vintage Books, 1987. p. 177.).

III - “What fueled those who were leaving was less fear of communism, which Fidel had only hinted at at that point, or shortages of any kind, because the U.S. embargo was still a distant concern, but the persistent rumors of invasions and imminent combat that were sweeping Havana" (Obejas, Achy. Days of awe. New York: Ballantine Books, 2001. p. 6.). 

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TEXTO 8

CAPÍTULO XVIII

Rubião e o cachorro, entrando em casa, sentiram, ouviram a pessoa e as vozes do finado amigo. Enquanto o cachorro farejava por toda a parte, Rubião foi sentar-se na cadeira, onde estivera quando Quincas Borba referiu a morte da avó com explicações científicas. A memória dele recompôs, ainda que de embrulho e esgarçadamente, os argumentos do filósofo. Pela primeira vez, atentou bem na alegoria das tribos famintas e compreendeu a conclusão: “Ao vencedor, as batatas!”. Ouviu distintamente a voz roufenha do finado expor a situação das tribos, a luta e a razão da luta, o extermínio de uma e a vitória da outra, e murmurou baixinho:

— Ao vencedor, as batatas! 

     Tão simples! tão claro! Olhou para as calças de brim surrado e o rodaque cerzido, e notou que até há pouco fora, por assim dizer, um exterminado, uma bolha; mas que ora não, era um vencedor. Não havia dúvida; as batatas fizeram-se para a tribo que elimina a outra a fim de transpor a montanha e ir às batatas do outro lado. Justamente o seu caso. Ia descer de Barbacena para arrancar e comer as batatas da capital. Cumpria-lhe ser duro e implacável, era poderoso e forte. E levantando-se de golpe, alvoroçado, ergueu os braços exclamando: 

— Ao vencedor, as batatas!

      Gostava da fórmula, achava-a engenhosa, compendiosa e eloquente, além de verdadeira e profunda. Ideou as batatas em suas várias formas, classificou-as pelo sabor, pelo aspecto, pelo poder nutritivo, fartou- -se antemão do banquete da vida. Era tempo de acabar com as raízes pobres e secas, que apenas enganavam o estômago, triste comida de longos anos; agora o farto, o sólido, o perpétuo, comer até morrer, e morrer em colchas de seda, que é melhor que trapos. E voltava à afirmação de ser duro e implacável, e à fórmula da alegoria. Chegou a compor de cabeça um sinete para seu uso, com este lema: AO VENCEDOR AS BATATAS. 

    Esqueceu o projeto do sinete; mas a fórmula viveu no espírito de Rubião, por alguns dias: — Ao vencedor as batatas! Não a compreenderia antes do testamento; ao contrário, vimos que a achou obscura e sem explicação. Tão certo é que a paisagem depende do ponto de vista, e que o melhor modo de apreciar o chicote é ter-lhe o cabo na mão.

(ASSIS, Machado de. Quincas Borba. São Paulo: Ática, 2011. p. 38-39.)

A
Only Texts I and II.
B
Texts I, II, and III.
C
Only Texts II and III.
D
Only Text III.

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