O que pode parecer uma profecia alarmista é, na verdade, uma realidade nos sistemas de saúde de todo o mundo. A
resistência aos antimicrobianos, especialmente a resistência aos antibióticos, é um tema que preocupa tanto os países
desenvolvidos quanto os países em desenvolvimento. O problema é mais sério em locais onde o consumo de antibióticos não é bem controlado nem orientado.
Quando o microrganismo é resistente a um ou mais antimicrobianos de três ou mais categorias, dizemos que ele é
multirresistente.
Essa resistência pode surgir por uma mutação que dá ao microrganismo condições de resistir ao medicamento. Também pode acontecer pela troca de material genético entre microrganismos comuns com microrganismos resistentes.
Por isso, o uso de antibióticos adequados para o tipo de infecção, no tempo correto e na dosagem correta, é fundamental para evitar a sobrevivência de bactérias mais resistentes.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (Brasil). Superbactérias: de onde vêm, como vivem e se
reproduzem.9 nov. 2017. Disponível em:<http://portal.anvisa.gov.br/ noticias/-/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/superbacterias-de-onde-vem-como-vivem-e-se-reproduzem/219201>. Acesso em: 4 set. 2019. Adaptado.
A resistência aos antibióticos está relacionada a que força evolutiva?
O que pode parecer uma profecia alarmista é, na verdade, uma realidade nos sistemas de saúde de todo o mundo. A resistência aos antimicrobianos, especialmente a resistência aos antibióticos, é um tema que preocupa tanto os países desenvolvidos quanto os países em desenvolvimento. O problema é mais sério em locais onde o consumo de antibióticos não é bem controlado nem orientado.
Quando o microrganismo é resistente a um ou mais antimicrobianos de três ou mais categorias, dizemos que ele é multirresistente.
Essa resistência pode surgir por uma mutação que dá ao microrganismo condições de resistir ao medicamento. Também pode acontecer pela troca de material genético entre microrganismos comuns com microrganismos resistentes. Por isso, o uso de antibióticos adequados para o tipo de infecção, no tempo correto e na dosagem correta, é fundamental para evitar a sobrevivência de bactérias mais resistentes.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (Brasil). Superbactérias: de onde vêm, como vivem e se
reproduzem.9 nov. 2017. Disponível em:<http://portal.anvisa.gov.br/ noticias/-/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/superbacterias-de-onde-vem-como-vivem-e-se-reproduzem/219201>
Gabarito comentado
Resposta correta: B — Seleção natural
Por que essa é a resposta?
O uso de antibióticos cria uma pressão seletiva: bactérias com mutações ou genes que conferem resistência sobrevivem ao tratamento, reproduzem-se e aumentam a frequência desses genes na população. Esse processo é o exemplo clássico de seleção natural, conforme descrito desde Darwin e observado em estudos modernos sobre resistência antimicrobiana (WHO, 2015).
Resumo teórico curto e claro
- Variação genética (mutações, transferência horizontal) gera indivíduos com fenótipo resistente.
- Ação do antibiótico elimina os sensíveis; os resistentes têm vantagem reprodutiva.
- Ao longo do tempo, alelos de resistência tornam-se mais comuns — é seleção natural (direcional).
Estratégia para identificar a alternativa correta
Procure palavras no enunciado que indiquem diferença de sobrevivência e reprodução causada por um fator ambiental (aqui, antibiótico). Isso aponta para seleção, não para processos aleatórios ou apenas geradores de variação.
Análise das alternativas incorretas
A — Deriva gênica: refere-se a mudanças aleatórias na frequência de alelos por amostragem estatística, importante em populações pequenas; não explica o aumento direcional de resistência associado ao uso de antibiótico.
C — Migração (fluxo gênico): pode espalhar genes de resistência entre populações, mas não é a força que cria a vantagem adaptativa — apenas transporta variantes já selecionadas.
D — Recombinação: recombinação genética (ou troca de genes via conjugação/transformação/transdução) gera variação e facilita a união de genes, mas a pergunta pede a força evolutiva relacionada à resistência observada — isso é a seleção que favorece os resistentes.
E — Endocruzamento: refere-se ao cruzamento entre parentes e à perda de variabilidade; não está relacionado ao aumento de frequências de alelos de resistência por pressão de antibióticos.
Referências e leitura recomendada: WHO — Global Action Plan on Antimicrobial Resistance (2015); ANVISA — materiais sobre “superbactérias”. Para entender a lógica evolutiva, leia também capítulos iniciais de qualquer boa obra de evolução (ex.: Futuyma).
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