O uso de energia no Brasil começou a
apresentar incrementos elevados a partir do término
da II Guerra Mundial, impulsionado pelo expressivo
crescimento demográfico, por uma urbanização
acelerada, pelo processo de industrialização e pela
construção de uma infraestrutura de transporte
rodoviário de característica energointensiva.
Tolmasquim, M. T.; Guerreiro, A. e Gorini R. Matriz
Energética Brasileira, uma prospectiva. Novos estudos.
2007. Disponível em
http://www.scielo.br/pdf/nec/n79/03.pdf
Sobre o consumo e produção de energia no Brasil, é
correto afirmar que
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa D
Tema central: distribuição do consumo de energia no Brasil e características da matriz/uso energético. É necessário conhecer a participação relativa dos setores (industrial, residencial, transporte, agropecuário) e noções sobre perdas elétricas e impactos de fontes renováveis.
Resumo teórico rápido: o setor industrial é historicamente o maior consumidor final de energia no país, devido a processos industriais intensivos em energia. O consumo residencial é importante, mas menor que o industrial. Perdas elétricas no sistema de distribuição não são desprezíveis (medidas em pontos percentuais relevantes). Fontes como eólica têm custos competitivos em muitas regiões, mas não são isentas de impactos socioambientais (uso do solo, fauna, comunidade local).
Por que D está certa: A indústria responde pela maior parcela do consumo final de energia no Brasil, na casa de pouco mais de 30% (em balanços como o Balanço Energético Nacional da EPE essa participação aparece próxima a ~34%). Esse número decorre da grande demanda de setores como siderurgia, química, alimentos e transporte industrial.
Análise das incorretas:
A — Afirma que o consumo residencial está atrás do industrial e do agropecuário. Errado: o setor agropecuário tem participação pequena em comparação com industrial e residencial. Assim, residencial não fica “atrás” de agropecuário.
B — Diz que perdas elétricas representam <1%. Falso: perdas técnicas + não técnicas no setor elétrico brasileiro historicamente ficam em patamares bem superiores a 1% (AN EEL e EPE apresentam números bem maiores, variando por concessionária e período).
C — Alega que a energia eólica é de baixo custo e “não provoca nenhum tipo de impacto ambiental”. Parcialmente enganoso: embora a eólica seja competitiva em muitos leilões e regiões, dizer que não causa nenhum impacto é incorreto — há efeitos sobre fauna, paisagem e uso do solo que exigem estudos de impacto e mitigação.
Dicas de prova: desconfie de sentenças absolutas (“nenhum tipo”, “menos de 1%”); compare participações percentuais conhecidas (indústria costuma ser a maior) e busque palavras-chave que apontem contradição com dados oficiais (EPE, ANEEL).
Fontes indicadas: Balanço Energético Nacional (EPE); relatórios ANEEL; Tolmasquim et al. (2007) para histórico da matriz.
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